Mediação Escolar
Não é tarefa fácil atuar como ponte entre dois lados conflitantes e que convivem diariamente em um lugar tão importante para o crescimento pessoal e emocional quanto a escola. Principalmente por ter que permanecer imparcial em meio a uma situação que faz parte do seu cotidiano, onde os atores possivelmente são pessoas com quem têm uma relação.
Amada vieira, débora borralho e deuza belo
Artigo Acadêmcio
O renomado autor Crispino (2004) em seus estudos atesta que “A maneira de lidar com o conflito escolar ou educacional é que irá variar de uma escola que veja o conflito como instrumento de crescimento ou que o interpreta como um grave problema que deva ser abafado”. Nessas palavras se observa que as modificações sofridas pela sociedade se refletem no ambiente escolar, bem como em diversos locais, mas um dos principais reflexos da sociedade intolerante e violenta que se presencia na atualidade é que ela se ramifica e tenta firmar raízes em instituições basilares para a formação do ser humano.
Fala-se muito na importância do diálogo familiar como forma de manter vivos alguns princípios essenciais para o bem viver comum. Valores como o respeito, a tolerância, a colaboração e a solidariedade não são exclusividades do meio familiar, estão presentes no ambiente escolar, dito por muitos como segunda família,necessária à boa vivência e ao bem estar social.
Com a necessidade de solucionar, pacificamente, conflitos no âmbito escolar surgiu a figura do Mediador, que trabalha diretamente em casos de indisciplina, violência, intolerância e exclusão, situações decorrentes da convivência escolar.
Através de um diálogo pautado na reflexão, o mediador escolar busca flexibilizar a relação entre as partes, fazendo uso de técnicas específicas que visem garantir um ambiente escolar de qualidade, auxiliando no desenvolvimento estudantil e pessoal de cada um dos envolvidos. Tal profissional tem a consciência que não cabe a ele resolver o conflito, mas sim em conduzir os envolvidos para que encontrem, através do diálogo, a forma mais viável de pacificação.
Não é tarefa fácil atuar como ponte entre dois lados conflitantes e que convivem diariamente em um lugar tão importante para o crescimento pessoal e emocional quanto a escola. Principalmente por ter que permanecer imparcial em meio a uma situação que faz parte do seu cotidiano, onde os atores possivelmente são pessoas com quem têm uma relação.
Nessa ótica o autor acima mencionado lista os principais motivos para que tal prática seja cada vez mais usada nas escolas tais como: a capacitação em resolver conflitos valoriza o tempo, ensinando várias estratégias úteis; ensina valores como consideração e respeito para com os demais; facilita na redução do estresse; nos dá a possibilidade de aplicar as novas técnicas em casa com familiares e amigos; demonstra que a resolução de conflitos pode contribuir para a prevenção do uso do álcool e de drogas, além de dar a possibilidade de sentir a satisfação de estar contribuindo com a paz do mundo.
Diante disso, é necessário que cada vez mais seja implementado o projeto do desenvolvimento do diálogo e da qualidade de vida através da Mediação Escolar. No Amapá, o Tribunal de Justiça passou a ofertar cursos e workshops de preparação para que esta prática seja corriqueira e acessível aos gestores e atores da educação do estado, já que o exercício da mediação no ambiente escolar traz consigo vários ensinamentos e vantagens.
Acadêmicas do 8º Termo Matutino da Faculdade de Macapá – FAMA.
E-mail: dthalytamoura@gmail.com
Orientação: Profª Sônia Ribeiro
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