Dilma buscará apoio de bases sociais e governadores contra impeachment
Outra estratégia que será adotada pelo Planalto é marcar encontros, já a partir da próxima semana, entre a presidente Dilma e governadores, começando pelos que a apoiam. Segundo Wagner, os nove governadores do Nordeste assinaram nesta quinta uma nota defendendo a legitimidade do mandato da petista. “Mas, depois, nós também queremos convidar os outros governadores, aqueles que são de alinhamento contrário ao governo”, enfatizou o chefe da Casa Civil.
Um dia após a abertura do processo de impeachment, a presidente Dilma começou a se articular com aliados para evitar o afastamento do cargo. O Planalto e o PT decidiram usar frentes políticas e jurídicas diferentes para tentar barrar o impeachment.
Uma das táticas do governo será buscar o apoio dos movimentos sociais e conversar com ogovernadores. O PT, partido da presidente Dilma, deu início ao processo de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos para que a abertura do impeachment seja anulada, sob a argumentação de que Cunha cometeu abuso de poder. O pedido protocola foi rejeitado pelo ministro Gilmar Mendes.
Na manhã de quinta-feira, Dilma se reuniu com o vice-presidente Michel Temer e com os ministros Jaques Wagner, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Comunicação Social).
Após esse encontro, Wagner, um dos principais conselheiros políticos da presidente, falou que Dilma tem “muita pressa” para resolver a questão do impeachment. Segundo ele, o encontro serviu para “socializar a compreensão de todos sobre esse episódio e mobilizar todos os ministros, os partidos e as bases sociais.” “Pedimos a todos os ministros que verbalizem, o máximo possível, o nosso ponto de vista, o nosso entendimento”, disse. Segundo o ministro, o governo entende que não há base jurídica que fundamente o pedido de impeachment da presidente Dilma.
Outra estratégia que será adotada pelo Planalto é marcar encontros, já a partir da próxima semana, entre a presidente Dilma e governadores, começando pelos que a apoiam. Segundo Wagner, os nove governadores do Nordeste assinaram nesta quinta uma nota defendendo a legitimidade do mandato da petista. “Mas, depois, nós também queremos convidar os outros governadores, aqueles que são de alinhamento contrário ao governo”, enfatizou o chefe da Casa Civil.
Homem de confiança do ex-presidente Lula e conselheiro de Dilma, Wagner disse também que será o responsável por coordenar um grupo de ministros que deverá monitorar “cotidianamente” os desdobramentos do processo de impeachment.
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