Morten lamenta eliminação e promete garra no Rio 2016
Treinador diz que ataque não encaixou contra a Romênia e sente por não poder fazer feliz o público que passou a se interessar pelo esporte após 2013
O semblante de Morten Soubak era de desilusão. Cabisbaixo, o técnico falou baixo, mas não se esquivou de nenhuma pergunta após a eliminação das atuais campeãs do mundo na Dinamarca. Depois de um primeiro tempo muito abaixo do nível, quando fez apenas oito gols e saiu perdendo por 13 a 8, o Brasil tentou uma reação na segunda etapa mas não conseguiu evitar o revés diante da Romênia pelo Mundial da Dinamarca. Fora da briga pelo bicampeonato logo nas oitavas de final, o comandante deixou de lado o sangue dinamarquês e sofreu.
A derrota faz o Brasil ter seu pior desempenho em Mundiais desde 2009. Naquele ano, na China, o time foi quinto colocado na fase de grupos e acabou eliminado de cara. Disputou a President’s Cup, torneio que define as últimas colocações e ficou em 15º no geral. O revés também termina com uma invencibilidade de 12 jogos na competição. A última derrota do Brasil em Mundiais tinha sido nas quartas de final de 2011, em São Paulo, quando caiu para a Espanha por 27 a 26. De lá para cá, conquistou de forma invicta (sete vitórias) o título em 2013 e havia vencido quatro jogos e empatado um em 2015.
Com dor no coração, Morten falou da atuação das meninas, elogiou a campanha na primeira fase, mas também admitiu erros. Confessou que o ataque não funcionou contra as romenas, colocou grande parte da derrota na atuação da goleira Paula Ungureanu, um paredão, e já começou a traçar planos para as Olimpíadas do Rio 2016. Ciente de sua responsabilidade, ele não tratou a eliminação como um desastre. Lembrou a qualidade das europeias, mas garantiu que a queda precoce “está doendo muito” não apenas pelo grupo, mas também por decepcionar um público que a seleção ganhou desde 2013, quando foi campeã do mundo na Sérvia.
– Está doendo muito. A expectativa dentro da equipe é maior ainda do que quem está fora. Somos capazes de chegar longe. Sofremos, brigamos e treinamos para chegar. Elas fizeram um pu… trabalho em casa para chegar prontas aqui. E vamos continuar esse trabalho. Todo mundo aqui quer levar o handebol brasileiro lá em cima no Rio. Eu sei que desde o título de 2013 temos mais pessoas interessadas em handebol, não sei quantas assistiram aos jogos, mas sei que temos muito apoio, suporte, sinto muito.
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