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Conselho de Ética arquiva denúncia contra senador Randolfe

O Conselho de Ética do Senado decidiu por unanimidade


O Conselho de Ética do Senado decidiu por unanimidade, na manhã desta quinta-feira (17), arquivar denúncia contra o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentada há dois anos. Os membros consideraram que a denúncia é “manifestamente improcedente”.

Esta semana, o senador Randolfe acusou o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), tido como seu desafeto e do senador João Capiberibe (PSB-AP) de represália ao acolher uma representação contra ele. Randolfe revelou que vinha sendo ameaçado desde o anúncio de que encaminharia uma representação contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na Operação Lava-Jato.

Randolfe disse que havia uma “atitude claramente intimidatória” do presidente do Conselho de Ética. Mas afirmou que a denúncia não iria avançar. O STF já havia avaliado que não existem provas das acusações, de ter recebido vantagens indevidas quando era deputado estadual, em 1999.

“Como eu não me intimidei antes, não vou me intimidar agora. Eu repito para eles, não insistam, vão perder, não conseguirão ter sucesso na atitude retaliatória e intimidatória — disse em entrevista coletiva no meio da semana. Para Randolfe, a decisão de João Alberto visava obstruir o funcionamento do Conselho de Ética.

A representação contra Randolfe, que chegou ao colegiado em 2013, partiu do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Amapá Fran Soares do Nascimento Júnior. O senador era acusado de ter recebido pagamentos para apoiar o então governador do estado, João Capiberibe, hoje senador pelo PSB. 

Randolfe lembra que Fran Soares foi indiciado pela CPI do Narcotráfico, por prática de corrupção ativa, corrupção passiva e tráfico de drogas. Ao receber as representações João Alberto disse que não havia demora no caso de Randolfe, mas apenas cuidado para evitar o acolhimento de “petição vaga”.


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