Estudo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios amapaenses apontou que Estado iniciou um processo de descentralização da sua economia. A pesquisa foi concluída recentemente pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Tesouro (Seplan), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como sempre, os números consolidados correspondem aos dois anos anteriores, ou seja, ao ano de 2013.
A maior participação dos municípios no PIB estadual continua sendo de Macapá, mas este percentual reduziu de 66,4%, em 2010, para 64,6%. Em segundo lugar, vem Santana, segunda maior cidade do Estado, com participação de 14,4%, seguida de Laranjal do Jari com 4,2%, Pedra Branca com 2,8%, Oiapoque com 2,3%, e Porto Grande com 2,1%. Já os cinco menores participantes no PIB do Estado são Itaubal, Pracuúba, Cutias do Araguari, Serra do Navio e Amapá, que somam 2,9%.
A economista Regina Célis, que coordena a equipe técnica da Seplan responsável pelo estudo, observa que até 2010 havia uma grande concentração na capital. A partir de então, a economia do Estado passa ser melhor distribuída, ou regionalizada, segunda a economista, porque novos polos econômicos começaram a surgir.
Neste contexto, ajudaram a descentralizar o PIB, as atividades de econômicas geradas a partir da produção de energia em Ferreira Gomes, com a Usina Hidrelétrica, e a exploração mineral em Pedra Branca do Amapari. Também tem relevância o aumento da produção agrícola dos municípios de Porto Grande, Itaubal e Tartarugalzinho.
Segundo Regina Célis, o estudo é um retrato dos municípios e, por consequência, da atividade econômica do Estado. Ela diz que a pesquisa vai ajudar a nortear políticas públicas para cada vez mais desconcentrar a economia e equilibrá-la. Segundo a economista, o Plano Pluri Anual (PPA) 2016/2019 foi traçado a partir de alguns dados consolidados do estudo, mesmo quando estava em andamento. “O governo teve a preocupação de olhar o potencial de cada município focado dentro da sua economia”, afirma.
A economista exemplificou com o indicador Renda Per Capita, que mostra a concentração de renda anual por morador de cada município. “Temos dois municípios com indústrias fortes, que são Pedra Branca, por causa da atividade mineral, com R$ 27,7 mil, e Ferreira Gomes, com renda per capita de R$ 26,7 mil, com a indústria de energia elétrica. Mas percebemos uma concentração de renda aí, além do desequilíbrio nos indicadores sociais. Então, o Estado já sabe que é preciso ter, nesses dois municípios, um setor industrial mais agregativo”.
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