Cidades

Caesa prioriza aquisição de produtos e funcionários ficam sem o 13º

Patrícia Brito diz que medida é necessária para não prejudicar o fornecimento de água tratada à população



Em resposta à reclamação de funcionários da empresa por causa do não recebimento da segunda parcela do 13º salário, cujo pagamento estava previsto para o último dia 20, durante entrevista exclusiva concedida na manhã desta segunda-feira, 28, ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), a diretora presidente da Companhia de Água e Saneamento do Amapá (Caesa), Patrícia Brito, esclareceu que o não pagamento se deve à falta de caixa: “Nós tivemos que priorizar a aquisição de produtos químicos, do contrário o fornecimento de água tratada à população ficaria prejudicado”.

Além da segunda parcela do 13º salários, os funcionários da Caesa também ficaram sem receber o vale alimentação. Por conta disso, o sindicato da categoria está liderando seguidos protestos. Para Patrícia Brito, trata-se de uma questão de conjuntura econômica: “Temos enfrentado uma crise sem precedentes por causa da crise econômica nacional, cujos reflexos são ainda mais impactantes no Amapá por conta da recorrente redução dos repasses da União, mas temos garantia do governo do Estado que a situação vai ser normalizada nos primeiros dias de 2016”.
 
Perspectivas não são boas
De acordo com o sindicato as expectativas dos servidores são as piores possíveis já que a presidente da Caesa, Patrícia de Cassia da Silva Brito, alega falta de recursos e não apresenta qualquer previsão de pagamento tanto do 13º como do vale alimentação. “Em toda a história da Caesa, essa é a segunda vez que ocorre de não pagarem o 13º salário e, diante do quadro atual, tudo indica que o salário de dezembro também não será pago” afirma Audrey Cardoso, presidente do Sindicato dos Urbanitários.

Fontes ligadas à Caesa afirmam que, além de salários e benefícios de servidores em atraso e obras paralisadas, a empresa também não paga alguns prestadores de serviço há cerca de nove meses. Segundo Audrey Cardoso, em menos de um ano a empresa reduziu a distribuição de água em Macapá, interrompendo o fornecimento para alguns bairros como o Novo Horizonte, e paralisou todas as obras em execução tanto na capital como nos demais municípios.
 
Os trabalhadores reclamam, ainda, que na atual gestão foram paralisados todos os investimentos em abastecimento de água no estado, às exceção dos municípios de Laranjal do Jari e Oiapoque, cujos sistemas foram construídos com recursos do PAC I e II e contrapartida de recursos próprios da Caesa. “Como exemplo dos problemas que enfrentamos, até dezembro do ano passado o bairro Novo Horizonte tinha água e agora voltou a ficar sem abastecimento”, revela um trabalhador da empresa.

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