Träsel assume e abre novo imbróglio na OAB-AP
Campelo, marca posse para segunda, 4, com presença do presidente nacional da Ordem, Marcus Vinicius
O primeiro fim de semana de 2016 é marcado, no Amapá, por novo imbróglio na disputa travada na Ordem dos Advogados do Brasil local pela presidência e conselho da entidade, tendo como principais litigantes os advogados Paulo Campelo e Ulisses Träsel. Eleito em 16 de novembro de 2015, para segundo mandato consecutivo na direção da Ordem, Paulo Campelo conta assumir nesta segunda-feira, 4, mas nessa sexta, 1, o concorrente Träsel tomou posse no cargo.
O ato ocorrido no primeiro dia do ano poderá ter desdobramentos inusitados. Houve quem dissesse no rádio, na manhã deste sábado, 2, que pelo clima existente entre os concorrentes decerto poderá acontecer até briga corporal na sede da OAB-AP, nesta segunda-feira.
Paulo Campelo tem como certa a posse, não só porque venceu as eleições, mas também porque conta com decisão do Conselho Federal da entidade, proclamando-o presidente da OAB do Amapá, e ainda com decisões judiciais favoráveis a ele no ramerrão de judicialização em que a disputa foi transformada.
Ulisses Träsel, por outro lado, se autoproclama presidente da Ordem, e inclusive já tomou posse no cargo, baseado em decisão da Comissão Eleitoral da OAB-Amapá, que indeferiu o registro da candidatura de Paulo Campelo, reconhecendo a chapa concorrente como vencedora do pleito de novembro, uma vez que os votos dados a Campelo foram considerados inexistentes.
Hoje pela manhã, no programa Togas e Becas (Rádio Diário FM 90,9), o vice presidente de Paulo Campelo, advogado Auriney Brito, informou que a posse marcada para o fim da tarde de segunda-feira terá a presença do presidente da OAB nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Por meio do ofício nº 0005/2016-GPR, de 1 de janeiro, Vinicius se congratula a Paulo Campelo pela posse na Presidência da OAB-AP.
Em documento datado de 31 de dezembro, em atendimento à consulta do advogado Cassius Clay Carvalho, o presidente Marcus Vinicius esclarece que até àquele momento “a decisão da Comissão Eleitoral foi tornada sem efeito por decisão superior da OAB. E que “a posse a ser realizada, salvo ordem judicial em sentido contrário, deve contemplar a chapa que venceu as eleições nas urnas”.
Ulisses Träsel, no mesmo programa, afirmou que desde a sexta-feira, após a posse, já está administrando a Ordem, e que não teme nada com a pretensão de derrubá-lo da presidência da entidade, uma vez que está dentro da legalidade.
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