Cidades

Cai taxa de mortalidade da Aids e aumenta novos casos soros positivos

Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS), no Amapá, em 2015, foram registrados 2,7 óbitos para cada 100 mil habitantes, em decorrência da Aids.


No ano anterior, 2014, o número de óbitos foi de 6,8, o que aponta queda na mortalidade por Aids no Estado. Somente na capital, Macapá, este índice passou de 7,6 para 2,8 mortes registradas.
 
Os municípios com maior índice de morte por Aids no Estado foram: Amapá, com 11,6; Calçoene, com 9,8; Pedra Branca do Amapari, com 7,1; Tartarugalzinho, com 6,6; e Oiapoque, com 4,1. Os municípios de Laranjal do Jari e Santana fecharam o ano com 2,2 e 1,8 óbitos, respectivamente. Já as cidades de Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal, Mazagão, Porto Grande, Pracúuba, Serra do Navio e Tartarugalzinho não apresentaram óbitos.
 
De acordo com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS), esse decréscimo está diretamente relacionado à maior adesão dos pacientes ao tratamento na rede pública. “Tendo os resultados positivos de uma maneira mais ágil, com o teste rápido, os profissionais de saúde encaminham os pacientes para iniciar o tratamento com mais brevidade, garantindo maior qualidade de vida a essas pessoas”, explicou Aline Miranda, assistente social da Coordenação Estadual de DST/Aids da CVS.
 
Assim como no cenário nacional, no Amapá, ao mesmo tempo em que a taxa de mortalidade por AIDS cai, a de casos de HIV confirmados aumenta. Dados do Centro de Testagem e Aconselhamento do Serviço de Assistência Especializada (CTA/SAE/SESA) apontam um acréscimo de aproximadamente 11% dos número de casos de HIV em 2015 quando foram registrados 316, enquanto que em 2014 foram 286 notificações positivas.
 
Segundo a coordenadora do CTA/SAE/SESA, Rodiene Silva, este aumento se deve em razão da livre oferta do serviço de testagem no Estado e pela demanda espontânea da população em buscar o teste rápido. “Com o acesso e a disponibilidade da testagem rápida pelo Estado e o município, as pessoas, principalmente os jovens, estão procurando mais os serviços”, acrescentou.
 
Em 2015, foram realizados 17.482 testes rápidos para HIV, sífilis e hepatite B no SAE. O órgão desempenha ações de assistência, prevenção e tratamento desses agravos, atendendo pessoas dos 16 municípios. Atualmente, 2.280 pacientes estão em tratamento de HIV, entre eles, 38 crianças. Dos 316 novos casos de 2015 que deram entrada no centro, 203 são em homens e 113 em mulheres.
 
Aline Miranda informou que hoje, no Amapá, 31 pessoas vivem com AIDS. “Dos 2.280 pacientes infectados pelo HIV em tratamento no SAE, 31 desenvolveram doenças oportunistas, ou seja, estão vivendo com Aids”, ressaltou.
 
Dos 31 casos, 19 estão em Macapá, 4 no Oiapoque, 3 em Santana e 2 em Pedra Branca. Calçoene, Ferreira Gomes e Laranjal do Jari possuem um registro.
 
Diferença entre HIV e Aids
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, causador da Aids. Ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids, que é doença em si. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, porém transmitem o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. (Informações do Ministério da Saúde)

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