Para Temer, PMDB não pode ficar entre governistas e não governistas
O vice-presidente Michel Temer, que também é presidente nacional do PMDB, afirmou que a bancada do partido na Câmara não pode ser dividida entre governistas e não governistas.
Após se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, em seu gabinete no Palácio do Planalto, Temer afirmou também que o comando do PMDB não vai interferir na disputa pela liderança do partido na Câmara. “Nós temos pregado unidade absoluta à bancada, até porque tenho dito a deputados que o partido, evidentemente, não vai interferir nessa matéria porque é uma matéria da bancada da Câmara. Em segundo lugar, não se pode dividir a bancada entre governistas e não governistas, o que deve haver é conjugação da própria bancada para que haja unidade”, disse.
Quando o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), liderava a bancada do partido na Casa, em 2014, parte dos deputados da sigla votava projetos conforme os interesses do Palácio do Planalto e outra parte de maneira contrária. Após Cunha assumir o comando da Câmara, a bancada continuou dividida.
No fim do ano passado, contudo, o então líder, Leonardo Picciani (RJ), foi destituído do cargo pelo seu alinhamento maior com o governo da presidente Dilma Rousseff. Os deputados, então, colocaram em seu lugar Leonardo Quintão (MG), que tem posicionamento contrário ao Executivo e defende o impeachment da petista. Dias depois, após colher assinaturas, Picciani conseguiu retornar ao cargo.
Na entrevista desta quarta, Temer voltou a falar em “unidade absoluta” da bancada. Nesta terça, também ao deixar o Palácio do Planalto em direção ao Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência, ele já havia defendido que haja “muita harmonia” no partido.
Reunião
O vice-presidente também falou sobre o encontro com o ministro Jaques Wagner, que durou cerca de duas horas. Mais cedo, Wagner já havia dito que a reunião não teve pauta específica e que eles tiveram conversa de “início de ano”. “O encontro foi muito útil. Uma conversa muito adequada e examinamos a conjuntura política do país para o próximo ano. Reitero: estabelecemos novamente a ideia de harmonia absoluta. Foi basicamente isso”, afirmou Temer.
Por fim, o peemedebista comentou as ações movidas por ele contra o ex-ministro da Educação Cid Gomes, que teria dito que Temer chefia uma quadrilha de “achacadores”. Em outubro do ano passado, o vice-presidente acionou a Justiça Federal do Distrito Federal e pediu que Cid seja condenado pelos crimes de injúria, calúnia e difamação. “[Processei Cid Gomes] porque ele falou mal de mim”, declarou.
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