Maia diz que Bolsonaro fez ‘análise correta’ ao suspender proposta do programa Renda Brasil
Presidente da Câmara afirmou que equipe econômica ‘vazou’ informações antes de ouvir Bolsonaro: ‘De forma pública, também, o presidente anunciou que a matéria estava suspensa.’
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro fez a “análise correta” ao expor as dificuldades de se acabar com programas assistenciais para criar o Renda Brasil.
Bolsonaro afirmou que a atual proposta para o novo programa do está suspensa. “Ontem [terça, 25], discutimos a possível proposta do Renda Brasil, e falei: ‘Está suspenso’. A proposta como apareceu para mim não será enviada ao parlamento. Não posso tirar de pobre para dar a paupérrimos”, declarou o presidente.
O Renda Brasil está sendo preparado pelo governo a fim de unificar o Bolsa Família e outros programas sociais.
Para permitir a criação do programa, o governo cogitou a possibilidade de propor o fim de outros programas, como o abono salarial (pago a pessoas com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos) e o seguro-defeso (ajuda a pescadores no período em que a pesca é proibida a fim de se assegurar a reprodução dos peixes).
Bolsonaro disse que não poderia acabar com o abono e “tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar ao Bolsa Família, ao Renda Brasil ou como for chamar esse novo programa”.
Rodrigo Maia afirmou que o presidente fez “a análise correta”, mas defendeu um debate sobre as formas de financiar outros programas dentro da regra do teto de gastos. “É óbvio que é difícil acabar com o abono salarial, é óbvio que é difícil acabar com o seguro-defeso, é óbvio que é difícil desindexar o orçamento público. Mas também era difícil aprovar a reforma da Previdência”, afirmou Maia.
“Eu acho que ele [Bolsonaro] fez a análise correta. Não é simples acabar com esses programas mesmo não. Acho que a gente vai ter que superar, sem dúvida nenhuma, esse debate. Enfrentar esse debate. Porque alguma solução para uma parte da sociedade além do Bolsa Família, vai ter que se encontrar um caminho. E esse caminho vai ter que ser organizado dentro do teto de gastos do próximo ano”, acrescentou o presidente da Câmara.
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