Política Nacional

Corregedoria da Câmara notifica Flordelis sobre processo que pode levar à perda de mandato

Acusada de ser mandante do assassinato do marido, deputada não pode ser presa por ter imunidade. Parlamentar tem cinco dias úteis para apresentar defesa à Corregedoria da Câmara.


A Corregedoria da Câmara dos Deputados notificou a deputada Flordelis (PSD-RJ) sobre o processo ao qual responde por quebra de decoro parlamentar e que pode levar à perda do mandato.

A parlamentar e os filhos são réus em um processo que apura o assassinato do marido dela, o pastor Anderson do Carmo. Ela é acusada de ser a mandante do crime.

Ela recebeu a notificação em seu apartamento funcional, em Brasília, das mãos do corregedor, deputado Paulo Bengston (PTB-PA). Ele precisou ir até lá pessoalmente após a deputada não comparecer à sala da Corregedoria na Câmara, conforme havia sido combinado.

Em entrevista após ter sido notificada, Flordelis negou qualquer desencontro e disse que recebeu o corregedor em casa porque está trabalhando e que, inclusive, participará da sessão plenária desta quarta-feira.

“Eu quero o mais rápido possível poder provar minha inocência. Estou lutando para isso. Eu estou em Brasília para provar minha inocência. Eu não tenho do que fugir, eu não tenho o que temer, eu não tenho do que me esconder”, afirmou.
Pelo regimento, a parlamentar terá cinco dias úteis para apresentar defesa.

“Nessa conversa, ela contou a versão que cabe a ela. De forma muito tranquila, falamos sobre o processo, reafirmei a garantia de defesa, e assim foi. Uma conversa bem tranquila”, disse o deputado Paulo Bengston a jornalistas após fazer a notificação.

“Explicamos as datas que ela tem, tudo que vai acontecer daqui para frente a partir da notificação. Foi uma conversa de instrução”, completou ele

Tentativas de notificação

Duas tentativas de notificação já haviam sido feitas pela Corregedoria da Câmara na última semana, no gabinete e no apartamento funcional da deputada em Brasília, mas ela não havia sido encontrada.

A pedido da deputada, a Corregedoria também fez uma audiência preliminar com a parlamentar. O procedimento, porém, não conta como a entrega formal da defesa da deputada.


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