Embrapa vai transferir tecnologias para escola agrícola no Amapá
O primeiro passo foi a visita dos gestores e de uma equipe técnica aos ambientes onde estão 23 tanques escavados não utilizados atualmente. Eles também conheceram atividades em execução, como marcenaria, cultivo de flores e hortaliças e também a área de criação de aves que será reativada para atender a escola e a Casa Social dos alunos acolhidos.
A instalação de unidades demonstrativas de piscicultura e viveiros de mudas de açaí são as principais oportunidades de cooperação entre a Embrapa Amapá e a Escola Estadual Agrícola João Piamarta, a partir da elaboração conjunta de projetos para dinamizar a estrutura disponível na área da instituição, que totaliza 55 hectares.
O primeiro passo foi a visita dos gestores e de uma equipe técnica aos ambientes onde estão 23 tanques escavados não utilizados atualmente. Eles também conheceram atividades em execução, como marcenaria, cultivo de flores e hortaliças e também a área de criação de aves que será reativada para atender a escola e a Casa Social dos alunos acolhidos.
O chefe-geral da Embrapa Amapá, Jorge Yared, pesquisadores e equipe de transferência de tecnologias foram recebidos pelos padres administradores da escola, Eusébio Ghelen Rossa, Modesto Venturini e Valdeni Costa de Jesus, vinculados à Congregação Sagrada Família de Nazaré. A visita foi articulada pela deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), que já manifestou apoio para viabilizar a cooperação técnico-científica por meio de proposição de emenda parlamentar ao Orçamento Geral da União de 2017.
O padre Eusébio Rossa, diretor da Escola Agrícola do João Piamarta há 14 anos, conduziu os visitantes a conheceram as instalações das atividades agrícolas, tanques de piscicultura e áreas de criação de pequenos animais. “Aqui também produzimos mudas de flores e móveis e esquadrias que são comercializados na loja da Avenida Duca Serra, ao lado da Igreja do Cabralzinho”, acrescentou o padre, durante a caminhada pelo caminho de terra batida, arborização abundante e céu limpo.
No percurso, um pomar com nada menos que 500 pés de laranja, tangerina e limão. Foi uma oportunidade para troca de informações entre a equipe da Embrapa, diretores da escola e assessores da deputada, visando a formulação de projetos baseados no potencial da escola. Pela Embrapa participaram o chefe-geral, os pesquisadores Jô de Farias Lima e Antonio Cláudio Almeida, e os técnicos de transferência de tecnologias, Aderaldo Gazel e Carlos Alberto Monte Verde Pinheiro.
Para o chefe-geral da Embrapa Amapá, existem várias possibilidades de cooperação com a Escola João Piamarta. O importante é definir inicialmente quais os temas em comum para conciliar as demandas de sustentabilidade da escola e a dinâmica das atividades de pesquisa e transferência de tecnologias. “De imediato podemos realizar o georreferenciamento da área da escola, a fim de colaborar para o seu Cadastro Ambiental Rural (CAR). De forma planejada, podemos tratar da instalação de uma Unidade Demonstrativa de produção de alevinos (peixe e camarão), onde será possível realizarmos capacitações para a comunidade escolar, piscicultores e extensionistas, e com isso a escola ganhará uma área de produção de alevinagem. Também podemos pensar a instalação de uma Unidade de cultivar de açaí, com foco na comercialização de sementes a produtores”, sugeriu Jorge Yared.
No total, a escola conta com 23 tanques escavados para piscicultura, sendo dois em alvenaria. Todos sem uso. A Embrapa propõe que a escola produza alevinos, a fim de aproveitar a oportunidade de atender a esta demanda crescente do estado e ao mesmo tempo consolidar uma atividade que contribua para a sustentabilidade da escola. Na ocasião, o pesquisador Jô de Farias explicou aos diretores da escola quais são os materiais necessários para montar uma estrutura de alevinagem e esclareceu várias dúvidas sobre o cultivo de peixes e camarão.
A Escola Agrícola João Piamarta vai além das atividades de ensino regular. Fundada em maio de 1990, trata-se de uma instituição de caráter religioso que tem a missão de promover educação escolar e social com formação humana e espiritual para crianças, adolescentes e jovens. Atualmente conta com 17 funcionários.
Localizada na confluência dos municípios de Macapá e Santana, no distrito do Coração, em uma área contígua à Lagoa dos Índios, a escola funciona por meio de convênio com a Secretaria Estadual de Educação (Seed). Conta com 420 alunos de ensino fundamental matriculados para o ano letivo 2016. A previsão é de que as aulas iniciem no dia 7 de março.
O padre Valdeni Costa é dedicado ao projeto Casa Social, onde atualmente 27 crianças e jovens vivem no sistema de acolhimento, ou seja, vivem em alojamentos construídos nos moldes de uma residência convencional. Ele explicou que os alunos acolhidos são crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social e emocional, e por isso afastados do convívio com seus familiares. “Nossa meta é receber 30 acolhidos neste ano de 2016 e podermos contar com o apoio de mais um casal social. O acolhido mais novo tem 6 anos de idade, e o mais velho, que completou 22 anos, está cursando faculdade”. Dois casais foram selecionados para o projeto Casa Social e assumem as funções de pai e mãe dos acolhidos.
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