Política
Gilvam retorna às ruas como pré-candidato à Prefeitura de Macapá
Presidente da Executiva Regional do PMDB, ex-Senador prega união e discussão de projetos para o Município
O presidente da Executiva Regional do PMDB do Amapá, ex-Senador Gilvam Borges, confirmou na manhã desta terça-feira, 02, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que é pré-candidato a prefeito de Macapá nas eleições de 02 de outubro e lançou o que denominou de ‘Jornada da Cidadania’, que, conforme explicou, além de ser um grande movimento de filiação partidária, uma ferramenta de discussão de ideias e projetos para o Município.
“Macapá é carente de projetos em todos os setores, principalmente naquelas áreas que afetam diretamente a população, como saneamento básico, segurança pública, saúde, infraestrutura urbana e educação. É precisa repensar o nosso Município; as educação, como exemplo, está permanentemente cambaleando, sem qualquer avanço, tanto que atualmente cerca de 15 mil crianças estão fora da sala de aula e há uma grande carência de creches e mesmo de escolas, tanto que a Prefeitura gasta mensalmente R$ 250 mil, R$ 300 mil em aluguel de prédios onde funcionam escolas, quando deveria construir mais escolas, o que seria bem menos oneroso para o Município; são aluguéis altíssimos que deveriam estar sendo aplicados na melhoria do ensino e da saúde”, exemplificou.
Questionado quanto a um eventual entendimento de que estaria fazendo campanha eleitoral antecipada, Gilvam Borges retrucou: “Não, em absoluto! Não se trata de campanha antecipada; a legislação eleitoral diminui o tempo de campanha para 45 dias, mas, em contrapartida, permite a divulgação da pré-candidatura em todos os níveis, viabilizando a discussão de ideias e projetos; a legislação só proíbe o pedido direto de voto do eleitor, e isso eu não estou fazendo; é o momento de discutir Macapá e conhecer melhor a realidade e os anseios da população”.
Sobre o trabalho que desenvolveu durante um ano na Representação do Governo do Amapá em Brasília, o pré-candidato à Prefeitura de Macapá avaliou como ‘muito positivo’, pontuando que comandou uma gestão de austeridade e muito atuante na captação de recursos financeiros para o Estado: “Modernizei a Seab, cortei despesas e equilibrei as contas, com um trabalho transparente e eficiente, inclusive abrindo mão de diárias em viagens a trabalho, o que resultou em uma economia de mais de R$ 25 mil mensais aos cofres público, além de alugar um novo prédio por pouco mais de R$ 8 mil, porque encontrei um aluguel de mais de R$ 18 mil, o que era absurdo para um Estado que, como o nosso, passa por tantas dificuldades financeiras. Politicamente nossa atuação também foi muito forte, principalmente na intermediação de repasses de recursos financeiros para execução de vários projetos”.
Política de resultados
Ao responder a comentário feito pelo apresentador do programa, jornalista e radialista Luiz Melo sobre o seu jeito ‘atirado’, Gilvam Borges disparou: “Eu não diria ‘atirado’; na realidade, eu me defino como ‘decidido’; agora, por exemplo, eu decidi que vou caminhar 1.600 quilômetros, palmilhando todo o Município de Macapá; eu faço política de resultado, não sou falastrão, não tenho redundância; estou buscando solução para os muitos problemas que a população de Macapá enfrenta, ouvindo todos os setores, todas as classes sociais, indistintamente; vamos caminhar todas as manhãs e nos demais momentos vamos nos dedicar às articulações, na construção da nossa candidatura, ampliando cada vez mais o arco de alianças”.
Quanto a um evento apoio de Waldez Góes (PDT) ao seu projeto político, Gilvam Borges afirmou que conta com o apoio do governador: “Veja bem, independentemente de um eventual apoio do Waldez a minha pré-candidatura está fincada em raízes sólidas e inarrancáveis; sou pré-candidato a prefeito pelo PMDB e vou lutar pela solidificação da candidatura, para transformar o meu sonho de reconstruir Macapá; por isso estou discutindo esse grande projeto político com todas as camadas sociais, com trabalhadores, estudantes, profissionais liberais, servidores públicos, professores, estudantes e desempregados; e conto com o apoio do governador, sim, porque o meu projeto de governar Macapá passa por uma parceria construtiva com o Governo do Estado”.
Indagado sobre se perdoaria o José Dirceu (do PT, condenado no processo do Mensalão, cujo pedido de perdão foi feito ao STF), Gilvam não titubeou: “Claro que perdoaria, sim, porque, afinal, quem mais se beneficia com o perdão é quem perdoa e não o perdoado como muita gente imagina; a pessoa se livra de um mal muito grande, evita até mesmo problemas de coração, derrame cerebral, insônia e pensamentos odiosos; eu perdoaria qualquer eventual inimigo ou adversário, porque sou um homem de Jesus Cristo e sou um eterno pregador do perdão, como o próprio Cristo, que perdoou os dois ladrões que o ladearam na Cruz; porém, isso não quer dizer que o perdão é um passaporte para a convivência, porque a minha metodologia, a minha ideologia política, e a minha maneira de lidar com o povo são totalmente diferentes da dele (José Dirceu)”, concluiu.
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