Política Nacional

Ex-ministro Jorge Oliveira toma posse como ministro do TCU

Oliveira, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência e amigo do presidente Jair Bolsonaro, assume vaga no Tribunal de Contas da União no lugar de José Múcio, que se aposentou.


O ex-ministro a Secretaria-Geral da Presidência Jorge Oliveira tomou posse na manhã desta quinta-feira (31) como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Amigo do presidente Jair Bolsonaro, que o indicou para o cargo, Oliveira assume a vaga no lugar de José Múcio Monteiro, que se aposentou.

 

Para o lugar de Oliveira, foi nomeado interinamente Pedro Cesar Nunes Ferreira Marques de Sousa, atual subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, função que continuará exercendo.

 

A posse ocorreu no mesmo dia em que o “Diário Oficial da União” (DOU) publicou a exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência e a nomeação dele para o cargo no TCU. A indicação dele, entretanto, já havia sido aprovada pelo Senado em outubro.

 

A aposentadoria de Monteiro também foi publicada na edição desta quinta do “Diário Oficial.” Ex-presidente do TCU, Múcio antecipou em 2 anos e 9 meses o prazo da aposentadoria compulsória, quando servidores completam 75 anos de idade.

 

Oliveira tem 46 anos e poderá ficar no TCU até 2049. Major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal e advogado, ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o tribunal e teve seu nome aprovado pelo Senado em outubro.

 

Composto por nove ministros, o TCU é um órgão de controle responsável por fiscalizar os gastos públicos. Entre suas atribuições também está a de auxiliar o Congresso Nacional no julgamento das contas do presidente da República. A Corte dá um parecer, mas cabe a deputados e senadores aprovarem ou rejeitarem as contas.

 

16º mudança ministerial

Com a saída de Jorge Oliveira da Secretaria-Geral da Presidência, Bolsonaro acumula 16 mudanças na equipe ministerial em dois anos de mandato.

 

O governo Bolsonaro começou com 22 ministérios. Desde junho, o primeiro escalão tem 23 pastas, oito a mais do que as 15 prometidas pelo presidente durante a campanha eleitoral de 2018.

 

A Secretaria-Geral cuida da legalidade dos atos do presidente, de ações de modernização do Estado e da supervisão e execução das atividades administrativas do dia a dia da Presidência. A pasta irá para o quarto ministro. Antes de Oliveira, comandaram a secretaria Gustavo Bebianno e Floriano Peixoto.

 

Perfil

Amigo de Bolsonaro, Jorge Antonio de Oliveira Francisco atuou no governo desde o início do mandato do presidente, em janeiro de 2019. À época, ele assumiu a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), responsável por analisar a legalidade dos atos assinados pelo presidente da República.

 

Em junho de 2019, Oliveira passou a acumular a função com o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral.

 

Discreto em público, ele permaneceu um ano e meio na pasta como um dos ministros mais próximos de Bolsonaro. Chegou a ser cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF), porém o presidente optou pelo desembargador Kassio Nunes Marques.

 

A relação de Oliveira com Bolsonaro é anterior à Presidência da República. O pai do ministro, o militar do Exército Jorge Francisco, foi chefe de gabinete de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Oliveira também trabalhou com a família na Câmara, onde assessorou Bolsonaro e o filho Eduardo (PSL-SP).

 

Natural do Rio de Janeiro, Oliveira nasceu em novembro de 1974, e mudou-se em 1985 para Brasília, onde estudou no Colégio Militar, atuou como policial militar por 20 anos (1993-2013) e se formou em direito em 2006 pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). Oliveira ainda tem pós-graduação em Direito Público pelo Instituto Processus.


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