Política Nacional

Líder do PT defende Lula e diz que há ‘disputa política’

Lula é investigado pelo Ministério Público Federal por supostamente ter ocultado ser dono de um triplex e um sítio reformados pela Odebrecht. “O ataque à imagem do presidente Lula é inadequada. É disputa política. Está se atacando o maior presidente da história do Brasil”, afirmou Florence.


O novo líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (PT-BA), afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “atacado de forma condenatória” em investigações criminais. Para Florence, há uma “disparidade” de tratamento na condução de investigações que envolvem lideranças petistas e tucanas.

Lula é investigado pelo Ministério Público Federal por supostamente ter ocultado ser dono de um triplex e um sítio reformados pela Odebrecht. “O ataque à imagem do presidente Lula é inadequada. É disputa política. Está se atacando o maior presidente da história do Brasil”, afirmou Florence.

Executivos da Odebrecht estão presos por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. O ex-presidente também é alvo de inquérito originado da Operação Zelotes, que investiga um suposto esquema de compra e venda de medidas provisórias.

“Há uma disparidade. Setores que defendem a legalidade democrática, o devido processo legal, estão esperando tratamento igualitário para os agentes públicos que estão sob investigação. O presidente Lula é, às vezes, atacado de forma condenatória por ser encontrada uma nota fiscal ou por sair a diária de agentes públicos ou uma suposta alusão ao nome dele num vazamento de delação premiada”, afirmou Afonso Florence.

O novo líder do PT foi eleito nesta quarta (3) pela bancada do partido para liderar a bancada na Câmara ao longo de 2016, em substituição do deputado Sibá Machado (PT-AC).

Florence também lembrou menção de um dos delatores da Operação Lava Jato ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, o lobista Fernando Horneaux de Moura relatou, nesta quarta-feira (3), ter ouvido relato de uma suposta divisão de propina proveniente da estatal Furnas entre o PT e Aécio.

Em nota, o PSDB classificou a declaração do delator de “absurda” e afirma que trata-se de uma tentativa de vincular a oposição ao escândalo da Lava Jato. “Me preocupa também haver delação sobre doação ilegal ao presidente do PSDB e até agora não conhecermos sequer investigação”.


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