Política Nacional

Parlamentares cobram recriação do Ministério do Planejamento; Bolsonaro sinaliza blindagem a Guedes

Ideia é que políticos tenham maior controle sobre o orçamento federal, que hoje está sob o guarda-chuva da pasta da Economia


O xadrez de cargos que está em discussão nos bastidores do Congresso, junto ao Palácio do Planalto, inclui uma extensa lista de pastas e, agora, também passou para cargos na área econômica: a pressão pela recriação do Ministério do Planejamento, que ficaria responsável pelo orçamento.

A cobrança por cargos em ministérios e em segundo e terceiro escalão faz parte da negociação do governo com o Congresso que garantiu maioria aos candidatos apoiados pelo Planalto na disputa pelas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.

Na segunda-feira (8), ganhou força entre senadores a defesa da recriação do Ministério do Planejamento. A pasta já foi autônoma.

No governo Bolsonaro, no entanto, foi alvo de fusão e hoje está sob o guarda-chuva do ministro da Economia, Paulo Guedes. Por isso, se o governo topar fatiar a pasta, o ministro da Economia seria esvaziado.

Parlamentares que defendem o fatiamento – e participam das negociações – relataram que a ideia é abrir mais espaço para políticos na Esplanada manejarem o Orçamento.

Já Guedes tem relatado a aliados não acreditar que a proposta tenha aval do presidente. E mais: interlocutores do ministro garantem que ele recebeu sinalização do presidente Bolsonaro de que não haverá fatiamento do seu ministério.

No entanto, a equipe econômica reconhece – e monitora – a pressão por cargos na área de Guedes.

Enquanto observa as mudanças ministeriais, o foco da equipe econômica é alinhar a saída para o Auxílio Emergencial e retomar a agenda de privatizações junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), começando por Eletrobrás e Correios.

Lira disse nesta terça-feira (9) que sugeriu ao governo apresentar a ideia de privatizações – antes de fechar a proposta – aos líderes no Congresso para debaterem o tema.
Ele acredita existir ambiente para a discussão no Congresso sobre Eletrobrás e Correios, sendo essa última “mais fácil”.


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