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Servidores da saúde garantem que greve não prejudica atendimento

Categoria pede contratação de pessoal e mais qualidade no atendimento à população


Em greve desde o dia 11 deste mês, os servidores estaduais da área de saúde reclamam que o Governo no Amapá ainda não abriu um canal de diálogo para discutir a pauta de reivindicações da categoria. Entrevistada na manhã desta quarta-feira, 17, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde),Iêda Mendes, confirmou que entre os principais pontos reivindicados estão o pagamento de retroativos e plantões em atraso, mas colocou a contratação de pessoal e a melhoria do atendimento à população nas unidades de saúde como o objetivo principal da paralisação.
 
“Nós estamos realizando um movimento sem radicalismo e sem causar prejuízos à população, cuja melhoria no atendimento, aliás, é o pano de fundo da paralisação, tanto que estamos garantindo entre 30% e 50% de pessoal nas unidades, além de 100% em setores vitais, como o centro cirúrgico, por exemplo, que está funcionando sem qualquer problema, porque o nosso objetivo não é punir a sociedade, mas, sim, colocar qualidade e mais profissionais em nossas unidades, para que essa demanda que é muito grande seja colocada com mais eficácia”, explicou Iêda.
 
Além dos enfermeiros e técnicos, também se juntaram ao movimento os funcionários das empresas prestadoras de serviços, que reclamam o não repasse, pelo Governo do Estado, dos recursos desde o mês de outubro do ano passado. Eles protestam contra o atraso dos salários, vale alimentação e vale transporte de outubro de 2015 a janeiro deste ano.
 
Os servidores da saúde deflagraram a greve em protesto contra o atraso, desde novembro do ano passado, do pagamento de plantões, e por causa, segundo eles, da defasagem dos salários. Eles reivindicam, também, o pagamento dos retroativos de abril a junho do reajuste dado em 2015 na Gratificação de Assistência à Saúde (GAS), paga mensalmente pelo Estado.
 
Diálogo aberto’
Através de nota, o GEA informou que “mantém o diálogo com a categoria por meio das secretarias de Saúde, Administração, Planejamento e Fazenda”, e que está sendo feito um levantamento financeiro com análise da pauta de reivindicações. Também na nota, o Governo garante que vai apresentar uma proposta de pagamento dos reatroativos e plantões.
 
“Teve redução no quadro de funcionários há bastante tempo e sem reposição de pessoal. A cobertura é feita com plantões extras, que foram apresentados em lei na Assembleia Legislativa, mas que não tem o pagamento desde novembro. Assim, os trabalhadores não querem mais fazer os plantões, que chegam a cobrir até 50% de determinados setores”, justificou a vice-presidente do Sindsaúde.

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