Cidades

Pacientes reclamam da deficiência no atendimento pelo TFD

Fila de espera aumenta. Pacientes temem que a demora para deslocamento a centros especializados pode agravar enfermidades


É grande o número de reclamações da deficiência no atendimento pelo programa Tratamento Fora do Domicílio no Amapá. Pacientes temem que a demora no atendimento agrave as enfermidades, principalmente quanto se trata de casos de alta complexidade, como o câncer e cardiopatias graves.
 
Na manhã desta sexta-feira, 19, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o autônomo Josivan Souza, de 40 anos, acometido de ‘fibrilação atrial’ – uma espécie de arritmia cardíaca grave) reclamou que está há cinco meses à espera de autorização do TFD para tratar da doença em outro estado, considerando que no Amapá não há estrutura para o tratamento dessa enfermidade.
 
“Estou enfrentando uma situação muito difícil, porque desde outubro do ano passado estou aguardando a minha ida para algum centro especializado, mas até hoje nenhuma providência foi tomada. Vou ao TFD todas as semanas, mas sempre me dizem para voltar na semana seguinte. Estou muito preocupado, meu quadro está sendo especializado apenas através de medicamentos paliativos, inclusive os médicos foram obrigados a colocar um marca-passo enquanto o meu deslocamento é autorizado. A minha maior preocupação é que essa agonia se prolongue por mais tempo e o problema se agrave, tomando proporções de risco de morte”, relatou.
 
A produção do programa tentou contato através de telefone com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde, que é responsável pelo TFD no Amapá, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta, nem através de telefonema e tampouco através nota.
 
A doença
 
A Fibrilação Atrial, um subtipo de arritmia cardíaca muito comum, é caracterizada pelo ritmo de batimentos rápido e irregular dos átrios do coração, com incidência de 2,5% da população mundial, o equivalente a 175 milhões de pessoas. É a segunda maior causa de mortes em tudo mundo. 
 
A principal (e pior) consequência da Fibrilação Atrial é o aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. Essa arritmia cardíaca está cada vez mais associada com o avanço da idade, acometendo, sobretudo, a população na faixa dos 75 a 80 anos de idade. A estimativa é que de 5 a 10 % dos brasileiros terão esse tipo de arritmia.

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