Bolsonaro e Putin conversam por telefone sobre vacina Sputnik V e frigoríficos, diz Planalto
Ministros e diretor-presidente da Anvisa acompanharam ligação de Bolsonaro ao presidente russo. Sputnik V já é produzida no Brasil
O presidente Jair Bolsonaro conversou por telefone nesta terça-feira (6) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, conforme informou a Secretaria de Comunicação Social do governo. Segundo o material de divulgação, os chefes de Estado trataram da compra e da produção da vacina russa Sputnik V, desenvolvida para combater a Covid.
O primeiro lote do imunizante 100% produzido em solo brasileiro foi apresentado pela União Química no último dia 30. A empresa brasileira, com sede no Distrito Federal, é parceira do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF).
A Sputnik V, no entanto, ainda não tem autorização para uso emergencial no Brasil. O pedido feito pela União Química ainda é estudado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Enquanto isso, governadores de pelo menos 11 estados já pediram a importação de mais de 66 milhões de doses do imunizante.
De acordo com o Secretaria de Comunicação, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, participou da ligação entre Bolsonaro e Putin nesta terça. Os ministros de Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, e da Saúde, Marcelo Queiroga, também estiveram com Bolsonaro durante o contato.
Após a conversa, Bolsonaro divulgou vídeo em rede social com comentários sobre a conversa por telefone. O presidente disse esperar que, caso a Anvisa dê aval ao imunizante russo, a Sputnik V possa ser produzida no Brasil.
“Uma conversa muito produtiva. Se Deus quiser, brevemente estaremos resolvendo essa questão da vacina Sputnik”, disse Bolsonaro.
Uso emergencial em análise
O diretor-presidente da Anvisa confirmou à imprensa, após o telefonema no Palácio do Planalto, que ainda não há elementos suficientes para que a agência responda ao pedido de uso emergencial da Sputnik V.
Segundo Barra Torres, a Anvisa enviará uma missão à Rússia para realizar inspeções sanitárias na área de produção do insumo das doses, bem como das próximas vacinas.
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