Política Nacional

Planalto anuncia que Cardozo deixa o Ministério da Justiça e assume a

Em seu lugar, assumirá o procurador baiano Wellington Cesar Lima e Silva.


O Palácio do Planalto anunciou em nota nesta segunda-feira (29) que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deixará o cargo para assumir a Advocacia-Geral da União. Ele substituirá no cargo o atual AGU Luís Inácio Adams, que deixará o posto por motivos pessoais

Para o lugar de Cardozo, a presidente Dilma Rousseff convidou o baiano Wellington Cesar Lima e Silva, que atuou como procurador-geral de Justiça da Bahia. Ele havia sido escolhido para o cargo pelo então governador da Bahia Jaques Wagner, atual ministro-chefe da Casa Civil.

O governo também anunciou nesta segunda o nome de Luiz Navarro para assumir a Controladoria-Geral da União (CGU), conforme antecipou o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti. Servidor de carreira, Navarro chegou a atuar como secretário-executivo e corregedor-geral da CGU.

Ele substituirá Carlos Higino, que estava interinamente no comando da CGU, desde que Valdir Simão foi deslocado para o Ministério do Planejamento no final do ano passado.
No posto desde janeiro de 2011, Cardozo era um dos principais conselheiros políticos da presidente Dilma Rousseff, mas vinha sofrendo pressão por parte do PT por não controlar as atividades da Polícia Federal, especialmente nas investigações da Operação Lava Jato.

A troca no comando da Justiça havia sido antecipada pela colunista do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo. Segundo o blog, Cardozo já havia conversado por telefone com Dilma durante todo o fim de semana para tratar de sua saída do Ministério da Justiça.
Ainda de acordo com a colunista, apesar da pressão crescente do partido pela mudança no Ministério da Justiça, Dilma vinha fazendo apelos para que ele permanecesse mais um tempo na pasta.

‘Pressões’
Antes mesmo de o Planalto confirmar a saída de Cardozo, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) divulgou nota nesta segunda qual manifestou “extrema preocupação” com a eventual mudança na pasta. Para a entidade, a saída dele se daria por “pressões políticas para que controle” os trabalhos da PF.

A saída de Cardozo ocorre em meio ao processo de impeachment que a presidente enfrenta na Câmara dos Deputados. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisa, a pedido do PSDB, se houve abuso de poder econômico por parte da campanha que a reelegeu em 2014.


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