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PF deflagra operação “Caminhos do Ferro” no Amapá e Rio de Janeiro

As investigações, iniciadas em 2015, levaram a identificação da transferência de quase R$ 11 milhões para um assessor parlamentar


A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público do Estado do Amapá, deflagrou na manhã desta quarta-feira (2) a Operação Caminho do Ferro, com ações nos estados do Amapá e Rio de Janeiro. O objetivo é investigar o possível pagamento de “propina” para Servidores e Parlamentares ligados a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALEAP). O suborno teria sido pago para que a referida Casa Legislativa autorizasse a transferência da concessão da Estrada de Ferro do Amapá (EFA) para uma empresa multinacional (Zamin Mineração) que atua na área de mineração no Amapá.

As investigações, iniciadas em 2015, levaram a identificação da transferência de quase R$ 11 milhões para conta bancária de titularidade de um assessor parlamentar ligado à Assembleia à época.

O pagamento da quantia teria sido efetuado por uma empresa sediada no Rio de Janeiro no final de 2013. No decorrer das investigações, verificou-se que a empresa estaria na realidade efetuando o pagamento de “propina” que seria destinada a parlamentares da Assembleia para que fosse autorizada a transferência da concessão da Estrada de Ferro do Amapá.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Foram expedidos oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, os quais foram cumpridos nas cidades de Macapá, Santana e Rio de Janeiro. A operação contou com a participação de cerca de 40 policiais federais.

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amapá em decorrência da presença de investigado detentor de foro por prerrogativa de função (deputado estadual).

O nome “Caminho do Ferro” possui relação com a Estrada de Ferro do Amapá, a qual é utilizada majoritariamente para o escoamento da produção de minério de ferro do município de Serra do Navio até Santana. Diz respeito, ainda, ao ramo de atividade de uma das empresas investigadas.


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