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Suspeito de assassinato em Pedra Branca conta detalhes do crime

Crime ocorreu na madrugada de quarta-feira na cidade de Pedra Branca do Amaparí


Wellington Santiago Aracati, de 26 anos, o ‘Terra Firme’, que foi apontado como executor de Adielson Gomes da Silva, de 24 anos, assassinado a golpes de terçado na madrugada de quarta-feira, 2, na sede do município de Pedra Branca do Amaparí, afirmou em entrevista exclusiva ao repórter cinematográfico Marcio Bacellar (SBT), que matou o desafeto depois de ter sido perseguido e ameaçado pela vítima.

“Na terça-feira, 1, nós estávamos em um campo de futebol quando houve um desentendimento. Ocorre que o Adielson e os irmãos dele, além de outros elementos lá, se armaram com terçados e correram atrás de mim, prometendo me matar a hora que me encontrassem. Foi isso que me motivou a matá-lo”, confessou o homem ao chegar escoltado à Macapá.

Terra Firme ainda revelou que comprou o terçado para matar Adielson. “Depois do ocorrido no campo de futebol, fui para a academia que tenho na cidade, dei aula para duas turmas para ver se esfriava a cabeça, mas a raiva não passou. Foi quando comprei o terçado e esperei a madrugada para ir até a casa dele. Sabia que ele morava sozinho com um irmão”, disse.

O suspeito disse mais: “Quando cheguei no quarto notei que ele estava sozinho, dormindo na cama coberta por um mosquiteiro. Foi quando passei a desferir os golpes. No primeiro ataque ele se acordou e tentou puxar um terçado que estava embaixo do travesseiro. Nessa hora dei outro golpe que atorou o braço dele. Depois, fugi”, detalhou.

O elemento ainda disse que pela manhã tomou conhecimento que a filha de 11 meses de Adielson estava dormindo com ele, e que a criança havia sido ferida na perna. “Não vi criança alguma com ele. Também não faria isso se tivesse visto, até porque tenho dois filhos e minha esposa dará à luz nosso terceiro bebê este mês. Quando o Adielson puxou o terçado e cortei o braço dele imagino que a arma dele deva ter caído sobre a perna da criança. Foi isso”.
Terra Firme concluiu se dizendo arrependido, mas que preferiu matar para não ser morto. “Todo mundo sabe lá que a família dele sempre foi violenta, então, para não ser morto preferi matar. Estou arrependido, sim, até porque queria muito estar ao lado da minha esposa no momento do parto, mas vou pagar pelo meu crime”, encerrou.

O suspeito foi encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) onde aguardará julgamento. O menor, que teria participado do crime, e que foi aprendido, foi levado para a Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (DEIAI).

(Reportagem e foto – Márcio Bacellar – SBT). Especial para o Diário.


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