A morte do servente Manoel Martins Santana Marinho, de 62 anos, abriu novamente a discussão sobre a falta de segurança pública no município de Porto Grande. Ainda na quinta, 10, enquanto o corpo da vítima era removido para Macapá, a sobrinha de Marinho, que trabalha em um minibox, foi assaltada por dois homens em uma moto. Eles estavam armados com revólveres. Após o crime a dupla fugiu.
A moto que eles usaram no crime foi achada horas depois juntamente com as roupas que eles vestiam no momento do crime. O veículo foi abandonado em um ramal e tinha restrições de roubo.
“Estamos entregues à própria sorte. A falta de segurança é total aqui. Para se ter ideia, o delegado nunca é encontrado na delegacia. Ele tira plantão em Ferreira Gomes, e passa a maioria do tempo lá ou em Macapá. A Polícia Militar tem contingente insuficiente e sem viaturas praticamente. É um total descaso com os munícipes”, disse uma professora de 48 anos que não quis ter o nome revelado, mas que também já foi vítima de assalto.
Um comerciante de 56 anos, e que já teve o comércio roubado três vezes em um único mês, afirma que na maioria dos casos os assaltos são cometidos por pessoas de fora, mas que contam com apoio de criminosos da própria cidade.
“Os caras roubam motos em Macapá ou Santana e vem cometer assaltos aqui. Muitos deles contam com apoio de ‘bandidinhos’ daqui mesmo que passam informações sobre o funcionamento dos locais. Além disso, temos outro grave problema, o do tráfico de drogas. A venda de entorpecentes cresce assustadoramente. E, mesmo sabendo de tudo isso, as autoridades parecem vendar os olhos para o problema”, desabafa o comerciante.
Em razão da insegurança, moradores organizam um movimento que deve, inclusive, bloquear a rodovia na entrada da cidade para chamar a atenção da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e do próprio Governo do Estado.
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