Política

Deputado Júnior Favacho fala sobre operação “Caminhos do Ferro”

O parlamentar disse que após quase duas semanas a deflagração da operação, somente foi ouvido na última sexta-feira, dia 11, portanto nem ele nem seus advogados tinham acessado informações sobre o que de fato lhe está sendo imputado.


O deputado Júnior Favacho (PMDB) ocupou o Grande Expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (15) para prestar informações a seus pares e à sociedade a respeito da operação “Caminhos do Ferro”, deflagrada pelo Ministério Público do Amapá no dia 1º deste mês. Durante a cobertura da operação, que contou com o apoio da Polícia Federal, seu nome acabou citado como possível beneficiário do processo de reversão da concessão da Estrada de Ferro do Amapá (EFA) para a empresa mineradora Zamin Ferrous.

O parlamentar disse que após quase duas semanas a deflagração da operação, somente foi ouvido na última sexta-feira, dia 11, portanto nem ele nem seus advogados tinham acessado informações sobre o que de fato lhe está sendo imputado.

“O processo segue em segredo de justiça, mas vim hoje prestar informações a respeito do caso perante vossas excelências, perante nossos eleitores e amigos que conhecem nossa trajetória e também por acreditar na Justiça do meu estado, portanto farei minha defesa e também provarei minha inocência”, disse Favacho.

Ele explicou que antes de ser político, sempre atuou como empresário e que sua relação com o investidor citado na operação foi meramente uma transação comercial, relacionada a um empreendimento imobiliário feito em uma propriedade de sua família e que tal investidor nada tem a ver com a mineradora Zamin. “O processo de reversão da ferrovia se deu na esfera administrativa, a cargo do governo do estado e chegou à Assembleia Legislativa apenas para ser legitimado, precisava da anuência da Casa”, disse.

Júnior Favacho respondia pela presidência da ALAP em 2013 e quando recebeu a mensagem do Executivo versando sobre o rito de troca da concessão da ferrovia, ainda cercou-se da devida cautela e convocou os dirigentes da empresa perante o plenário, num evento público.

“Os deputados e as deputadas puderam sabatinar, à exaustão, os responsáveis pelo empreendimento, daí terem formado juízo de valor a respeito do pleito, que findou por ser aprovado”, recorda, acrescentando ainda que “a Casa jamais poderia se furtar de dar sua contrapartida aos interesses da sociedade e tínhamos a esperança de que o empreendimento prosperasse, os empregos fossem recuperados, a economia reagisse e a ferrovia retomasse suas atividades”.

Vários deputados apartearam a manifestação de Júnior Favacho, enaltecendo o que consideram a forma franca e proativa com que está buscando dar todas as informações às autoridades judiciais e também à sociedade por meio da emissão de uma nota e em especial pelo pronunciamento feito na sessão plenária de hoje. “Isso mostra a retidão e a disposição de vossa excelência em defender sua biografia e buscar restabelecer a verdade dos fatos”, disse o deputado Ericlaudio Alencar.


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