Política

Sueli Pini se declara contrária ao uso de máscaras, vacinas e à relação de pessoas do mesmo sexo

Desembargadora aposentada fez declarações bombásticas sobre os temas no último sábado (24) durante entrevista do programa Togas&Becas (Diário 90,9FM).


Elden Carlos
Editor-chefe

 

A desembargadora aposentada Sueli Pini, que concedeu entrevista bombástica no último sábado (24) ao programa Togas&Becas (Diário 90,9FM), afirmando que forças políticas e a cúpula do Tjap (Tribunal de Justiça do Amapá) forçaram sua aposentadoria, também causou polêmica e várias reações nas redes sociais, ao ser questionada sobre o negacionismo quanto à Covid-19, além de outros temas atuais como a relação entre pessoas do mesmo sexo.

 

O ouvinte Marlon Costa, do bairro Zerão, zona Sul de Macapá, perguntou em uma rede social:

“O que levou a desembargadora a se manifestar publicamente contra as medidas restritivas de combate à Covid-19? E por que incentivar medidas contrárias às orientações da ciência? A senhora não acha que a economia seria ainda mais abalada, caso as medidas fossem relaxadas e morressem muito mais pessoas do que as que morreram mesmo diante das medidas preventivas?

 

“A primeira coisa que eu vou dizer pra esse rapaz é: vá estudar, meu filho. Você precisa estudar e pensar por você. Não permita que implantem em você a narrativa trazida pela grande imprensa, a qual chamo de ‘imprensa lixo’. Eu pergunto se ele sabe qual é a terceira maior causa de morte? Ele não sabe. A terceira maior causa de morte, no mundo, é falha médica. Então, pare de ‘endeusar’ a ciência. Hoje, não sabemos nem como funciona direito a teoria da relatividade. Repito, pare de endeusar a ciência e vá pensar por você”, disse Sueli.

 

Ao ser questionadas sobre os decretos de proteção à vida e à economia, a desembargadora aposentada foi radical.

“Vão me chamar de negacionista, de genocida…não tem importância. Soube que foi baixado novo decreto. Agora, a sua liberdade, a minha e de todo mundo é uma concessão estatal. Você e eu somos dirigidos por ‘funcionarinhos’ públicos, tecnocratas que estão lá baixando todos os dias seus ‘decretoszinhos’. Olha o raciocínio: é pra evitar aglomeração, e reduz o horário de funcionamento das coisas? Então fica nessa dança. Há comércio que aguente isso? ”, questionou.

 

Sueli Pini também afirmou ser veementemente contrária ao uso de máscaras.

“Claro que eu fui contrária às medidas de proteção e ao uso de máscaras. Primeiro porque não tem nenhuma comprovação da eficiência delas, nenhuma (…) mesmo quando você ia para um ambiente altamente doentio, como é um hospital, seja como paciente ou visitar alguém, você não tinha que usar máscara.

Agora, enfiaram isso na nossa cara. A sua boca tem que estar aberta ali por trás [da máscara] respirando gás tóxico. Isso é terrível. Pra quê, se você não está doente?

Me perguntaram se tomei a vacina e respondi que não. Não tomei a vacina e não vou tomar, porque já estou imunizada. Eu já tive o Covid e posso dizer: ele é menos que uma gripe”, declarou.

 

Em relação às vacinas disponíveis na rede pública contra a Covid-19, a desembargadora aposentada declarou também ser contrária, inclusive, proibindo a própria família de tomar os imunizantes.

“Uma vacina experimental. Como é que eu vou dar o meu corpo para enfiar algo que ainda é experimental? É claro que eu não farei isso e ninguém da minha família fará. Não permitirei que ninguém da minha família faça isso, especialmente os que vão ainda arranjar filhos. Eu lamento porque entrou ‘na onda’. Achei incrível (risos) pessoas postando em suas redes sociais, fazendo uma encenação para se injetar uma coisa que ainda não se tem uma concretude. Aliás, veja bem, as vacinas que tomamos na nossa infância levaram 10 e até 20 anos para ficarem prontas, e mesmo assim, questionáveis.

Não sou contra a vacina, não é isso. Só não sou favorável a uma vacinação em massa, como a que está sendo feita, com vacinas tão precoces”, disse.

 

Ao ser provocada se ela defende o governo do presidente Jair Bolsonaro, tido também como negacionista, Pini disse gostar da pauta de Bolsonaro.

“Não é defender esse ou aquele. O que acho importante é que o Brasil caminhou. O Bolsonaro fez uma entrada, com os dois pés, no chamado Centrão. Num país como o nosso, de um presidencialismo de coalisão, se você não tiver o Congresso você não governa. Acho que ele tentou governar, colocando pessoas técnicas nesses primeiros dois anos e meio. Gosto da pauta do Bolsonaro.”

 

Outro ponto polêmico falado abertamente por Sueli foi sobre a relação entre pessoas do mesmo sexo. E ainda se referindo ao PR Bolsonaro, ela declarou:

“Também sou pelos valores cristãos, sou pela família e acho grave o que está acontecendo hoje…uma devastação cultural. A decadência do ensino brasileiro é algo que assusta. Tenho filhos na escola. Tinha filha minha que chegava em casa e dizia que não aguentava mais escutar doutrinação dentro da escola, no bom e velho Tiradentes. Eu dizia: filha, vá e se neutralize, porque você precisa da certificação. A outra filha, que estuda na escola de ensino militar, me dizia que as amigas dela eram todas ‘casais’. Ela entrava no banheiro da escola e via as meninas de 13…14 anos, se beijando. Uma decadência. Quando eu era juíza eleitoral, fui instalar umas urnas eletrônicas na Unifap, tive que tomar Plasil, com vontade de vomitar. Até ‘maconhódromo’ tinha. ”

 

Então a senhora é contra a união de pessoas do mesmo sexo, é isso?

“Veja só, o que as pessoas [adultas] fazem com o corpo delas dentro de quatro paredes, não sendo com bichos e com crianças, que se exploda, faça o que quiser. Só não aceito é a pregação disso, esse ‘gayzismo’. A pessoa ser gay, ok, agora o que eu e ninguém aguenta mais é esse gayzismo. Só que eu falo. Os pais agora não podem nem mais dizer se eles tiveram um menino ou uma menina. É uma desconstrução. Daí é um passo para a pedofilia, daí é um passo para legalização do incesto. Para mim, tudo isso é muito grave. Não contem comigo”, encerrou.


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