Relator diz que deve antecipar relatório porque comissão tem ‘provas indiscutíveis’
Senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que CPI da Covid reuniu informações suficientes sobre atuação do governo na promoção da cloroquina e da imunização de rebanho
Osenador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, disse que deve antecipar a entrega do relatório sobre os trabalhos da comissão. Em entrevista à GloboNews, o senador afirmou que a CPI obteve “provas indiscutíveis” da atuação do governo de Jair Bolsonaro na promoção da cloroquina e da imunização de rebanho.
O relatório da CPI da Covid pode ser entregue até a primeira semana de novembro, pois a comissão foi prorrogada por mais 90 dias em julho. Para ser aprovado, o relatório deverá receber o voto favorável da maioria dos membros da CPI. As conclusões da CPI e o relatório aprovado podem ser remetidos ao Ministério Público para o indiciamento de possíveis infratores.
“Eu vou, como relator, procurar não utilizar os 90 dias. Eu vou tentar antecipar o relatório porque, como você sabe, nós já temos muitas coisas – na perspectiva sanitária – comprovadas. Estamos caminhando para comprovar as demais. Nós vamos ter nos próximos dias também avanços na investigação do que acontece no Rio de Janeiro nos hospitais [federais] e nas organizações sociais”, disse Calheiros.
Segundo o relator, a CPI da Covid conseguiu “provas indiscutíveis” da atuação do governo para a promoção do uso da hidroxicloroquina, cuja ineficácia para o tratamento para a Covid-19 é comprovada cientificamente; do incentivo à imunização coletiva pela infecção pelo vírus, entre outros temas.
“Nós vamos antecipar o relatório porque já temos muita coisa. Eu vou me esforçar para antecipar esse relatório porque do ponto de vista do gabinete paralelo nós temos provas indiscutiveis; da imunidade de rebanho, também; da cloroquina; da ivermectina; do TrateCov. Nós tivemos depoimentos, documentos, confissões”, declarou o senador.
Depoimento de Ricardo Barros
De acordo com Renan, a CPI terá depoimentos mais “acalorados” durante a semana. Um deles, segundo o relator, será depoimento do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados.
“Esse depoimento é fundamental porque o Ricardo Barros foi ministro da Sáude, manteve com o Minesério da Saúde uma relação direta, tinha proximidade com Roberto Ferreira Dias. Nós esperamos que esse depoimento seja mais um depoimento que vai calar fundo na sociedade brasileira diante do desgoverno que a CPI tem mostrado ao Brasil”, disse Renan.
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