Fátima lamenta posição da bancada do Amapá em favor de Dilma
Presidente nacional do ‘PMDB Mulher’ garante, também, que fim da Operação Lava Jato, que teria sido prometido por Michel Temer, é tentativa do PT de desestabilizar o vice-Presidente
Entrevistada na manhã desta segunda-feira, 18, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), a presidente nacional do ‘PMDB Mulher’, ex-deputada federal Fátima Pelaes, que trabalhou intensamente ao lado do vice-presidente Michel Temer nas articulações pela admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Roussef, lamentou o fato de que o Amapá acabou entrando para a história de forma negativa por causa da posição majoritária da bancada do estado em favor do Palácio do Planalto.
“Lamentavelmente fomos o Estado com o maior número de votos, proporcionalmente, em favor da permanência de Dilma e contra a grande maioria da população brasileira; e, pelo rumo que as coisas tomaram, esse posicionamento também deverá se repetir no Senado, porque dois dos nossos três senadores (João Capíberibe, do PSB e Randolfe Rodrigues, da REDE) já declararam que são contra o impeachment, significando dizer que teremos apenas o voto do senador Davi Alcolumbre”, analisou.
Quanto à anunciada queixa crime que o DEM vai acionar contra a Presidente Dilma Roussef e o governador Waldez Góes (PDT), apontado como o condutor das negociações entre a bancada federal e o Palácio do Planalto, Fátima Pelaes avaliou que poderá ser evitada através de articulações políticas dentro do próprio DEM, através do senador Davi Alcolumbre, pelo fato de ter como pivô um benefício para o Amapá.
“Independentemente da forma como as coisas aconteceram, o Amapá deve ser colocado em primeiro lugar. É claro que o meu posicionamento é totalmente contrário à barganha, se é que realmente aconteceu, mas caberá ao senador Davi Alcolumbre articular junto ao líder do partido dele na Câmara, o deputado Pauderney Avelino – que foi quem anunciou a propositura da queia crime – e mesmo perante a representação no Senado para que essa ameaça não se concretize”.
Ao justificar a sua posição favorável ao impeachment, Fátima Pelaes explicou que, além da orientação do seu partido, o PMDB, ela tem se dedicado à causa também por convicções pessoais: “Trabalhei muito e continuo trabalhando diuturnamente em Brasília, pessoalmente a através do PMDB Mulher porque sigo a orientação do meu partido, da esmagadora maioria da população brasileira e por convicção pessoal; no exercício do mandato de deputada votei contra o impeachment do Collor por convicção, e agora, também por convicção pessoal, trabalho para que o impeachment da Dilma aconteça, porque sabemos que o atual governo está sem rumo, e o Brasil precisa urgentemente sair dessa crise”, asseverou.
Fim da Operação Lava Jato
Fátima Pelaes contestou a informação de que Michel Temer teria prometido acabar com a Operação Lava Jato para beneficiar parlamentares investigados como moeda de troca para assumir a Presidência da República: “Esse é mais um deslavado factóide do PT para desestabilizar o processo de impeachment; como jurista, como Constitucionalista e arraigado às leis que é, jamais passaria pela cabeça do Temer esse desatino; e todos, todos, sem exceção, sabemos que a independência dos Poderes é uma imposição Constitucional que deve sempre ser respeitada; pelo contrário, o Michel Temer sempre defendeu – e defende – que um Poder não pode interferir no outro”, disparou.
Sobre informações de que o vice Michel Temer cortará os programas sociais do governo federal caso assuma a Presidência da República com o impeachment de Dilma, Fátima Pelaes retrucou: “Tenho certeza absoluta que isso não vai acontecer, porque o Temer conhece como poucos a realidade nacional; é claro que vai haver necessidade de sacrifícios de todos os setores, mas com Temer a governabilidade será uma realidade, por sua credibilidade e apego à Constituição, como jurista que ele é, e por sua incontestável experiência administrativa, inclusive com cinco mandatos de presidente da Câmara”.
A ex-deputada também atribuiu essas notícias à “pregação desenfreada” de setores do PT para desestabilizar um futuro governo com Michel Temer no comando: “Todos sabemos que isso se trata de factóides criados pelo PT, que se constitui em mais um desserviço à Nação. Conheço muito bem o Temer, sei da sua competência, do grande poder de articulação que possui e da sua vontade pessoal de tirar o Brasil dessa crise, e todos os brasileiros sentem na pele as conseqüências do governo Dilma; o impeachment é surge como a saída dessa crise e o Temer representa a volta da governabilidade”, argumentou.
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