Autoteste para Covid depende de documentos de política pública da Saúde, que ainda não chegaram à Anvisa
Segundo ele, o autoteste é uma tendência mundial e a Anvisa não vai perder tempo — mas aguarda os documentos que vão nortear essa política pública e que não foram enviados pela Saúde à Anvisa
Odiretor-presidente da Anvisa, Barra Torres, disse que a aprovação do autoteste para Covid depende de uma política pública apresentada pelo Ministério da Saúde e enviada à Anvisa, o que ainda não aconteceu. A Anvisa informou que ainda não havia recebido qualquer ofício do Ministério da Saúde sobre autotestes.
Segundo Barra Torres, o autoteste é uma tendência mundial e a Anvisa não vai perder tempo — mas aguarda os documentos que vão nortear essa política pública e que, até agora, não foram enviados pela Saúde à Anvisa.
“Não é simplesmente liberar um autoteste para ser feito em farmácia pelo próprio cliente, pelo próprio cidadão. Ele vem dentro de uma política pública de saúde. Porque é necessário uma previsão de uma série de fatores. Esse resultado precisa ser compilado, caso contrário a gente faz o teste e quem fica sabendo é só quem testou e o sistema de compilação nacional, então isso precisa existir. (…) Quando eu digo que essa questão do autoteste ela vem numa política pública de saúde, é o que o ministro disse que estará enviando para nós, ainda não recebemos, os documentos norteadores dessa política pública que contempla o autoteste. Agora, como é uma tendência realmente científica forte no mundo, o que a gente faz? A gente já começa a trabalhar nisso com antecedência. (…) Agora, em relação ao autoteste estamos fazendo a mesma coisa, aí já é uma outra diretoria, é a diretora Cristiane Rose, cuja equipe técnica já vem trabalhando nisso, tão logo esses documentos do ministério cheguem para nós, traçando esse ordenamento de como essa política vai ser implementada, parte que nos cabe, que é uma parte de análise do teste, verificação, já vai estar muito adiantada. Penso que pelo menos por nós aqui não vai ter uma perda de tempo. É uma tendência mundial, há uma série de críticas, mas de fato é uma tendência que está sendo no mundo todo. No que tange à Anvisa nós não vamos atrasar tão logo recebamos esses documentos do ministério”.
Relação com Bolsonaro
Barra Torres também falou a respeito da nota em que cobra retratação de Bolsonaro após o presidente ter dito que a Anvisa teria “interesses” por trás da liberação da vacina para crianças de 5 a 11 anos.
Ao assinar a nota, Barra Torres, além de se descrever como chefe da Anvisa, incluiu o posto de militar. Ele foi da Marinha por trinta anos.
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