Esportes

Usain Bolt lamenta a dor de Cielo e admite seu maior medo: “Fracasso”

Olimpíadas


Sentimentos não são feitos de músculos, ossos, tendões. Até gigantes têm fraquezas. Usain Bolt, lenda de quase dois metros, não é imune ao medo. Enquanto se prepara na Jamaica, o astro diz que ainda não ouviu falar de Engenhão atrasado. Também não liga para o vírus da zika ou outros problemas que pode encontrar no Rio de Janeiro. Mostra confiança em quase tudo, menos quando perguntam o que mais lhe amedronta.

– Na vida? Só o fracasso realmente, responde, depois de bufar os lábios e pensar por bem menos tempo do que demora para cruzar as pistas.

O peso de uma possível derrota no fim da carreira imediatamente remete à queda de outro gigante de sua geração, Cesar Cielo. Ambos conquistaram o primeiro ouro olímpico em Pequim. De 2008 até 2016, Bolt conseguiu se manter no topo. Mas lembra que, assim como o brasileiro, sofreu com lesões em 2015. E diz que é capaz de imaginar o que sente Cielo sem o sonho de competir em casa. Na última semana, o nadador não conseguiu a classificação pelo Troféu Maria Lenk, sua última chance.

– É duro. O esporte não perdoa. Algumas vezes você consegue, em outras, não. Já passei por momentos difíceis. Uma das coisas boas do ano passado é que eu não tive de ir para as seletivas nacionais. Talvez, se tivesse ido, poderia ter tido algum tipo de problema.


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