Esportes

Lucarelli trabalha para ser decisivo nos Jogos do Rio

Depois de ter acompanhado de perto a seleção em Londres 2012


Aqueles dias em Londres ainda estão frescos na lembrança. Aos 20 anos, Lucarelli teve a oportunidade de vivenciar os treinamentos e tudo o que envolve uma disputa de Jogos Olímpicos. Registrou tudo o que achava importante e voltou de lá determinado a ganhar um lugar na seleção. Virou titular e passou a ser peça fundamental no esquema de Bernardinho. O potencial demonstrado nos últimos três anos fez o treinador aumentar o nível de exigência. Tem cobrado do ponteiro um algo a mais, que inclui também postura de liderança. E ele tem trabalhado para atender às expectativas do chefe.

– Esse algo a mais falaram que evoluiu um pouco desde o ano passado. É chamar o jogo em momentos decisivos, ser decisivo. Essa questão de liderança, acho um pouco difícil ainda, até por ter do meu lado líderes natos. Sei que tenho que melhorar em outras coisas, como em comunicação. Ele (Bernardo) não fala diretamente, mas com certeza eu sei os pontos que ele acha que tenho que melhorar. E claro que tento diariamente aperfeiçoá-los. Espero que este ano possa alcançar isso. Eu me cobro bastante, me pressiono muito quando acho que posso melhorar alguma coisa. Lá em casa, meus pais no momento que têm que elogiar, elogiam. Mas quando têm que cobrar, cobram também. Acho que essa cobrança que vem de lá já facilita bastante. A externa, quando é positiva eu pego. Então, espero que toda essa expectativa que as pessoas têm em mim eu possa demonstrar dentro de quadra – disse.

Das maiores lições aprendidas nas Olimpíadas que viu de pertinho, Lucarelli guarda a dedicação do grupo. Apesar das lesões que assolavam a equipe e das dificuldades impostas pelos adversários. Só lamenta que o fim da caminhada tenha sido com uma medalha de prata de sabor tão amargo.

– Aprendi muito com a dedicação dos jogadores aos treinamentos. Mesmo tendo partida difícil no dia anterior, eles estavam no outro fazendo o máximo no treino, se esforçando para não perderem o nível de jogo. O segredo foi esse. Chegaram à final olímpica (contra a Rússia), por uma infelicidade perderam, mas é incontestável o nível que o Brasil estava jogando. Foi uma tristeza mesmo ver o jogo praticamente ganho, tomar uma virada daquela, sabendo por tudo o que tinham passado… Foi muito doloroso perder daquele jeito e espero que isso não se repita mais. O que ficou de lição foi o quão bem eles estivessem jogando, sempre se esforçavam mais. Foi muito legal ter participado de 2012, ter estado ao lado dos jogadores nos momentos antes dos jogos, após as vitórias que foram muitas. Essa passagem fez aumentar ainda mais o sonho do Rio 2016. A gente sabe que depende agora de cada um para fazer valer a vaga nestas Olimpíadas.


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