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Bope apreende dezenas de celulares, drogas e armas no Iapen

Mais de 250 presos foram extraídos das celas por volta de 6h da manhã de sexta-feira, 29, para devassa no Pavilhão F-2


Mais de oitenta policiais da Tropa de Choque do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tomaram o Pavilhão F-2 do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) na manhã de sexta-feira, 29, quando foram apreendidos mais de 20 aparelhos celulares, dinheiro, 1 quilo de drogas e vários estoques, além de cachimbos para uso de crack.

Naquela mesma manhã o Diário publicava uma reportagem denunciando a ‘ostentação’ dentro do presídio, onde presos de todos os pavilhões gozam de privilégios e exibem aparelhos celulares e o próprio consumo de drogas em redes sociais como o Facebook.

Segundo o comando do Bope, a direção do presídio havia determinado a intervenção no local depois que o serviço reservado de inteligência do Iapen havia identificado o problema. Mais de 250 presos foram extraídos das celas por volta de 6h da manhã.

Eles foram levados para uma área de contenção onde permaneceram sentados [enfileirados] até que a revista nas celas fosse concluída. Os produtos entorpecentes foram localizados com auxílio do cão ‘Vulcão’, que integra o canil do Bope. As drogas estavam escondidas nas paredes das celas e nos banheiros.

Segundo os policiais envolvidos na devassa, a direção do Iapen afirmou que vai instaurar procedimento para apurar a entrada dos produtos na cadeia.

Apreensões reforçam denúncia feita pelo Diário sobre ‘ostentação’ na cadeia

A operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na sexta-feira, 29, no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) reforça a denúncia feita pelo Diário esta semana, de que o presídio estadual vem servindo como ‘centro de comando’ para crimes praticados de toda ordem, como assaltos e homicídios, praticados em todo o estado, e, uma verdadeira área de lazer dos apenados ou daqueles que ainda aguardam julgamento. 

Ostentação’. Essa é uma palavra muito usada por grande parte dos presidiários no (Iapen). Para se ter uma ideia da fragilidade do sistema, o uso de aparelhos celulares dentro da cadeia é praticamente liberado.

A constatação disso são as inúmeras postagens feitas nas redes sociais, como o Facebook, onde os presos ostentam regalias que não deveriam ter na cadeia, e, o mais grave, o uso de drogas de toda natureza, como revelam imagens retiradas da página de um desses presos que cumpre pena na cadeia.

Além das fotos, os presos mantêm conversas abertas com pessoas conhecidas. Em muitas dessas conversas, mensagens de apologia ao crime, como no caso de um homem que foi assassinado em Macapá, e que um dos internos comemorou dentro do presídio, fazendo questão de deixar isso claro em uma postagem no Facebook. 

Além disso, as imagens revelam outras situações como um verdadeiro comércio dentro das celas. Isso explica a grande quantidade de aparelhos celulares, drogas e outros produtos que não deveriam existir dentro da cadeia. Esses materiais geralmente são apreendidos durante revistas promovidas pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).

 


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