Esportes

“Mulher Pássaro”, Taiana quer alçar novos voos em parceria com Juliana

Cearense, que mora no Rio desde 2008 e está em Fortaleza para disputar etapa Open do Circuito Mundial


Após nove anos sem receber o Circuito Mundial, Fortaleza tem sido pouso de grandes nomes do vôlei de praia nas últimas semanas. Para uma parte deles, jogar no Ceará é a chance de rever a família e amigos. É o caso da cearense Taiana. Aos 31 anos, ela vem de um vice-campeonato mundial em 2015 e do título da etapa do Circuito Brasileiro 2015/2016, em Natal. Apenas quatro meses após o início de uma parceria ao lado de Juliana, a jogadora sonha alçar novos voos. Ela, que é carinhosamente chamada de “Mulher Pássaro” por Maradona, Daniel e Hulk, animadores de torcida, explica a origem do apelido e faz um balanço da nova equipe, que conseguiu a classificação para as quartas na capital cearense ao bater a dupla número 3 do ranking olímpico, Kira Walkenhorst e Laura Ludwig, da Alemanha, nesta sexta-feira.

– Os meninos da animação sempre buscam entreter o público de uma forma que estreite laços com o atleta. Tem a Águia, que é a Juliana, tem o Alison, o Mamute. E ele me disse que é porque voo muito para buscar as bolas. Voo demais! Sempre tem fotos minhas voando. Aí ele disse: “Poxa, tu é a Mulher Pássaro” E eu acho isso bem bacana, né? E realmente é uma característica minha, isso de saltar para buscar as bolas. Sempre fiz isso, não me pergunte como eu faço! É um instinto. Faço e todos gostam. Então, colocaram o apelido e gostei. Hoje estou formando uma parceria com a Juliana e estamos nos encontrando. A cada jogo, entendemos como a outra joga e evoluímos. Temos objetivos a curto prazo, mas o principal é primeiro eu entender ela jogando e ela me entender. Aos poucos a gente vai conseguindo.

Como muitos jogadores, ela começou na quadra. Aos nove anos, em um clube de Fortaleza, deu os primeiros voos e por lá passou bom tempo nas categorias de base. Aos 16, conheceu o vôlei de praia. De coração dividido, treinou as duas modalidades por alguns anos. Após ir ao primeiro Mundial Sub-21, onde foi campeã com Juliana, e em 2003 quando levou o título ao lado de Carol Horta, a cearense finalmente teve certeza do que queria.

– A partir daí, eu vi que era a minha praia estar jogando vôlei de praia. Então, me dediquei um pouco mais. Larguei a quadra e comecei a me concentrar na praia e fiquei treinando em Fortaleza. Depois de um tempo consegui sair do qualificatório para o torneio principal e, em 2008, fui para o Rio de Janeiro, onde moro até hoje, jogar num projeto que a Virna tinha lá. Inclusive, também joguei com ela, com a Vivi – relembrou a jogadora.


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