Denúncia contra Dilma não pode ser ampliada na fase da comissão
Oposição propôs que denúncia da Lava Jato seja incluída no processo
O presidente da comissão especial do impeachment no Senado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), afirmou que não haverá ampliação da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff nessa primeira fase na comissão.
O parlamentar falou com jornalistas na saída da sessão da comissão do impeachment que ouviu a defesa de Dilma, nesta sexta. Ele deixou o colegiado antes de a reunião terminar para se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, conforme agendado previamente.
“Nesta primeira fase da comissão, eu já defini, respondi a uma questão de ordem, que a denúncia da Câmara dos Deputados não poderia mudar o foco, não poderia ser ampliada. O assunto que o relator vai tratar é exclusivamente em relação as chamadas pedaladas e aos seis decretos”, afirmou.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), líder do PSDB no Senado, defendeu, na quinta-feira (28), que o Senado acrescente as denúncias da operação Lava Jato nesta fase do processo.
Segundo Lira, a segunda fase da comissão, que terá início se o processo for admitido em plenário na próxima semana, passa a ser chamada de “fase processante”. Nela, será avaliada a possibilidade de ampliação da denúncia.
“É um processo de extrema importância, estamos falando do processo da presidente da República e não podemos fazer nada improvisado, tem que ser dentro de todos os critérios técnicos”, comentou.
No final de março, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitou recurso e manteve decisão da comissão especial do impeachment de não incluir a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), parte do processo da Lava Jato, no pedido original de afastamento da presidente Dilma Rousseff.
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