Secretária diz que paralisações comprometem qualidade do ensino
A titular da Secretaria de Estado de Educação (Seed), Conceição Medeiros, alertou na manhã desta terça-feira, 03, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que as constantes paralisações de advertência dos professores da rede estadual pode comprometer não só o calendário escolar, como também a própria qualidade do ensino.
Ela afirmou, ainda, que o movimento é infrutífero, porque o Governo do Amapá (GEA) já apresentou aos servidores, através dos seus respectivos sindicatos, a realidade orçamentária e financeira do estado torna impossível qualquer tipo de reajuste de salários.
“Felizmente a adesão dos professores tem sido relativamente pequena, chegando no máximo a 20% da categoria, permitindo que as escolas não fiquem completamente sem aulas; estamos monitorando o movimento e entendemos que é uma forma dos professores de manifestarem, mas temos dialogado muito com os sindicatos, mostrando com transparência a realidade que não é só do Amapá, é de todo o Brasil, na tentativa de sensibilizar o comando de paralisação sobre os prejuízos para toda a comunidade escolar e até para a qualidade do ensino; a
Sefaz (Secretaria da Fazenda) e a Seplan (Planejamento) têm apresentado aos sindicatos as significativas perdas da arrecadação, que chegou nos três primeiros meses a mais de R$ 200 milhões, mais do que o tripo de 2015; apesar de querer fazer, infelizmente o governador não tem como fazer absolutamente nada agora, no que diz respeito à manutenção da data do pagamento do funcionalismo e reajuste salarial, ao contrário do que ele fez nas suas gestões anteriores”, ressaltou.
Questionada se os professores que estão aderindo ao movimento vão ter seus pontos cortados, Conceição Medeiros minimizou: “Estamos orientando os diretores para que registre as faltas para que depois possamos negociar, inclusive com a reposição das aulas; parar de três em três dias é complicado, causa muitos prejuízos; só este ano já tivemos uns 15 dias alternados de paralisação; isso vai fazer com que a gente mude significativamente o calendário escolar”, admitiu.
Justiça (Tjap), no centro da Capital, foi deflagrado logo após a justiça estadual proibir o sindicato de fazer greve ou paralisação por 120 dias sob pena de multa de R$ 3 mil por dia. O movimento foi decidido em assembleia geral realizada pelo Sinsepeap no último sábado.
Deixe seu comentário
Publicidade