Dilma ‘desequilibra’ Orçamento com reajustes, dizem aliados de Temer
Cotado para assumir o Ministério do Planejamento se Dilma for afastada pelo Senado, Jucá afirmou que a presidente tenta “desequilibrar” o orçamento público.
Dois dos aliados mais próximos do vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, criticaram as medidas anunciadas na véspera pela presidente Dilma Rousseff, entre as quais o reajuste médio de 9% nos benefícios do programa Bolsa Família.
Cotado para assumir o Ministério do Planejamento se Dilma for afastada pelo Senado, Jucá afirmou que a presidente tenta “desequilibrar” o orçamento público.
Na celebração do Dia do Trabalho organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, a presidente também anunciou que iria propor ao Congresso uma correção de 5% na tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física.
“Qualquer aumento de despesa, num momento em que o governo apresenta astronômico déficit fiscal, deveria ser pensado dez vezes antes de ser feito. Lamentavelmente, o governo perdeu o parâmetro de qualquer conta e está executando despesas numa tentativa de desequilibrar mais ainda o orçamento público, e esta não é a forma correta de agir”, declarou Jucá ao chegar na tarde desta segunda à residência oficial do vice, em Brasília, para uma reunião com Temer e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
Pouco antes da fala de Jucá, também ao chegar ao Jaburu, o ex-ministro Eliseu Padilha disse que a resposta ao governo sobre o anúncio de Dilma já havia sido dada pelo secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, que, na semana passada, disse que o ‘espaço fiscal’ não permite reajustes. “Ou, seja, (as medidas anunciadas por Dilma) são absolutamente impossíveis”, declarou.
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