Temer: ‘Cortarei no máximo uns três ministérios’
Quando iniciou a montagem do que pode vir a ser o seu governo, o vice-presidente Michel Temer imaginava ter como primeiro cartão de visitas o número de ministérios — ou mais precisamente, sua redução.
A ideia era cortar as atuais 31 pastas, consideradas excessivas, para algo em torno de 20. Na noite de terça-feira, ao fim de uma jornada que começara às sete da manhã, Temer admitia, resignado:
“Não sei se terei condições de diminuir. Veja o Ministério da Cultura. Minha ideia era fundi-lo com a Educação, mas o pessoal do setor reclamou muito. Acho que cortarei no máximo uns três ministérios”.
As pressões dobraram Michel Temer neste quesito, mas o vice-presidente garante que, na Petrobras, isso não acontecerá. Tem repetido, inclusive aos aliados, que o futuro presidente da estatal será escolhido por ele, sem indicações de partidos.
No entanto, não anunciará o nome do sucessor de Aldemir Bendine imediatamente. Acha que isso criaria turbulências desnecessárias. Promete que o nome será conhecido um mês depois da votação do impeachment no Senado.
As jornadas de trabalho de Temer têm sido de 18 horas diárias desde a semana passada, quando a formação do seu possível governo ganhou urgência. Na terça-feira, por exemplo, no final do dia, sua antessala na Vice-Presidência reunia os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do PSD, Gilberto Kassab, além de governadores, senadores e deputados.
A uma semana de provavelmente assumir a Presidência da República, Temer ainda faz questão de enfatizar que não está falando formalmente sobre o que seria o seu futuro governo. Sem pronunciar o nome da presidente Dilma Rousseff, aponta para o Palácio do Planalto.
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