Bernardinho diz que decidirá futuro após os Jogos
O tempo passou, e Bernardinho nem percebeu. Estava ocupado demais com os próximos objetivos para pensar nisso.
É quando olha para Julia, sua filha do meio, que o técnico da seleção masculina se dá conta de que a caminhada à frente da equipe já tem 15 anos. Naquele 4 de maio de 2001, em Portugal, quando assumiu o comando num amistoso preparatório para a Liga Mundial diante da Noruega, Fernanda Venturini estava grávida de dois meses. Com o passar dos anos, os títulos iam se acumulando, novos desafios eram lançados e as cobranças familiares também iam aumentando. Julia, que trocou o baile de debutante de dezembro por uma viagem com as amigas, queria o pai mais presente. Fernanda passou a fazer coro, pedindo que abrisse mão da jornada dupla para ficar treinando apenas o Rio de Janeiro. Ele foi contornando a situação em nome de mais um ciclo olímpico. Se outro está nos planos, prefere dizer que tudo está condicionado ao que agosto reservará.
– Quando voltei da Argentina em 2002, com o primeiro título mundial do Brasil, eu me lembro de chegar no aeroporto e a Julia estava no colo da Fernanda com quase 1 ano. Ela nasceu no ano em que comecei a trabalhar com a seleção masculina e está fazendo 15 agora. Então, se eu parar e olhar a referência é essa. É um ano especial como foram tantos anos, não fico contando. É bacana, mas sinceramente não importa se é o terceiro ou o 18º. Este é o ano. Eu vejo a minha vida assim. Digo que as histórias bacanas estão guardadas dentro da gente, mas você tem que olhar para frente. Como é que a gente pode usar isso para frente? De que maneira pode inspirar as pessoas?
Deixe seu comentário
Publicidade