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Telles Júnior diz que volta de Dilma depende da gestão de Temer
Para o secretário de Planejamento do Amapá, ascensão do PMDB à Presidência da República pode fortalecer as tese do parlamentarismo no Brasil
O afastamento de Dilma Roussef da Presidência da República e a conseqüente ascensão do PMDB ao comando do País podem fortalecer a tese do parlamentarismo. Esse é o entendimento do economista e secretário de estado de Planejamento do Amapá, Antônio Telles Júnior. Em entrevista ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) na manhã desta quinta-feira, 12, ele declarou, também, que um eventual retorno de Dilma Roussef ao Palácio do Planalto está condicionada à performance da gestão de Michel Temer nesse período de 180 dias de afastamento.
“A estabilidade política tem relação com a estabilidade econômica; se ele (Temer) conseguir fazer reformas eficientes, ela (Dilma), não volta; entretanto, se o Temer não conseguir fazer as reformas estruturais nas áreas econômica e política, o processo de impeachment pode enfraquecer e trazer de volta o PT para o comando do país, porque o PT ficou muito tempo no poder e tem uma capacidade mobilização jamais vista no país”, ponderou.
Especificamente no tocante à crise política, Telles Júnior apontou dois temas que, na opinião dele, são fundamentais: a reforma tributária e a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras): “Embora, para alguns, a CPFM vai elevar a carga tributária, não se pode desprezar o fato de que sua recriação é imprescindível para equilibrar as contas públicas, porque ao contrário do que aconteceu durante a sua vigência anterior, agora o imposto vai beneficiar diretamente não apenas o governo federal, como também os estados e municípios”, analisou.
O economista ressaltou, ainda, que para o enfrentamento e superação da crise, apenas medidas eficientes na área econômica não são suficientes: “Nossa democracia ainda está muito frágil, e seu fortalecimento é essencial para que seja implementada uma reforma geral, ampla, em todos os setores; por isso o Brasil precisa amadurecer politicamente e, via de conseqüência se fortalecer democraticamente, principalmente porque se houver resultados positivos no que o novo governo está se propondo a fazer vai haver reação positiva às mudanças; caso contrário, isto é, se isso não ocorrer, os problemas econômicos e políticos vão se agravar”, concluiu Telles Júnior
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