Cidades

Núcleo de Práticas Restaurativas é implantado em escola do Iapen

O projeto capacitou 50 pessoas entre internos e educadores que fazem parte da escola.


Escola Estadual São José, localizada dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), agora conta com o Núcleo de Mediação em Práticas Restaurativas. O projeto capacitou 50 pessoas entre internos e educadores que fazem parte da escola. O objetivo é promover a paz e harmonia entre os detentos.

A secretária de Estado da Educação, Conceição Medeiros, destacou a importância da implantação do Núcleo no âmbito educacional. Segundo ela, todo e qualquer mecanismo que promova o diálogo como forma de combater a violência é bem aceito, principalmente em áreas de risco.

O defensor geral do Estado do Amapá, Horácio Magalhães, relatou que as práticas restaurativas podem ser entendidas como um método utilizado para evitar que novos processos sejam instaurados. De acordo ele, através do núcleo os problemas podem ser resolvidos de forma mais harmoniosa e saudável tanto para quem sofre com o conflito quanto para quem o causa. “É um desafio que vamos encarar de forma madura. Não vamos resolver todos os problemas aqui dentro do Iapen e isso é fato, porém, vamos mostrar que com a conversa podemos mudar muita coisa”, destacou.

A diretora Francinete Cardoso informou que, atualmente, cerca de 300 reeducantos participam ativamente das atividades desenvolvidas na Escola São José. “Trabalhamos com a ressocialização e com a implantação desse núcleo. Vamos crescer ainda mais na política do bem estar social aqui dentro da instituição de ensino, somando com outras atividades que já desenvolvemos com as pessoas que aqui estão encarceradas”, contou.

O Núcleo de Práticas Restaurativas foi criado entre uma parceria firmada com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), Ministério Público Estadual (MP/AP), Polícia Militar (PM), Defensoria Pública do Estado (Defenap) e o Tribunal de Justiça do Estado (Tjap). O coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tjap, Mário Mendonça, falou que para implantação do Núcleo foi preciso capacitar os detentos e professores da escola através de um curso específico. “A capacitação é necessária para que as pessoas saibam as formas de resolver os conflitos. Existe um protocolo a ser seguido e foi um sucesso”, informou.


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