Gari diz que trabalhadores são discriminados
No Dia do Gari, trabalhadora revela que apesar da importância do gari para a sociedade, preconceito e discriminação ainda são muito fortes.
Eles são responsáveis pela coleta do lixo das residências, indústrias, edifícios e também pela limpeza e a conservação das vias públicas. Os garis realizam um trabalho essencial para garantir o bem estar e até mesmo a saúde dos munícipes. Profissionais tão imprescindíveis no dia a dia das cidades brasileiras que a Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei 1347/2011, instituiu 16 de maio o Dia Nacional do Gari.
Apesar de toda sua importância, o gari não recebe o reconhecimento devido, sendo, em muitos casos, discriminado e até marginalizado. É o que revelou à rádio Diário 90.9FM nesta segunda-feira, 16, [Dia do Gari], a gari Edilcilene Guedes, de 43 anos, que trabalha com a limpeza da praça do Coco há três anos.
“Chego todos os dias às 5h da manhã para realizar meu trabalho. Faço tudo com muita dedicação e amor. Porém, apesar de tudo o que fazemos para cuidar da cidade, poucas pessoas reconhecem nossa importância. Já me senti descriminada umas três vezes ao procurar o banheiro de instituições públicas para fazer minhas necessidades. Não existem banheiros públicos, então, quando sentimos vontade de fazer xixi, por exemplo, temos que pedir nesses locais, mas sempre nos tratam com indiferença. São essas coisas que nos deixam tristes, mas nem por isso deixamos de cumprir com nossa missão”.
Edilcilene revelou que quem tem salário pago em dia e que com isso ajuda a sustentar os três filhos que mantém na escola.
“Apesar de olhado com discriminação por muitos, é um emprego ‘limpo’. Ganho meu dinheiro com honestidade e este me ajuda a dar a educação dos meus filhos. Espero que um dia, quando eles estiverem formados, que lembrem que foi com o suor de uma gari que eles conseguiram vencer na vida”, concluiu.
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