São Paulo está em busca do tetra, mas Bauza já tem o seu; entenda
Com classificação sobre o Galo, comandante argentino chega entre os quatro melhores da competição pela quarta vez: 2001, 2008, 2014 e 2016
“Pouquíssimos acreditavam”, resumiu Edgardo Bauza logo após classificar o São Paulo na Libertadores. O comandante, no entanto, é especialista no assunto. Nesta quarta, espantou a desconfiança que pairou sobre o seu início de trabalho e chegou à semifinal da competição continental pela quarta vez na carreira.
Bauza é bicampeão da Libertadores, mas tem um currículo ainda mais extenso nas fases decisivas da competição. Além das edições em que levou o caneco, com o San Lorenzo, em 2014, e com a LDU, em 2008, o argentino já havia colocado uma equipe entre as quatro melhores em 2001, com o Rosario Central, clube pelo qual se tornou ídolo como jogador.
A satisfação do técnico é evidente. Nesta quarta, em diversos momentos de sua entrevista coletiva, ele exaltou o feito de estar na semifinal. Questionado sobre o que havia pedido aos jogadores para o duelo em Belo Horizonte, Bauza mostrou a dimensão do feito.
– Garotos, aproveitem. São poucos jogadores que jogarão uma partida como essa, por isso pedi: se dediquem, corram muito, mas desfrutem – disse, com sorriso no rosto.
São Paulo evoluiu muito em quatro meses, mostrou segurança na defesa e maturidade para suportar a pressão em jogos decisivos. Mais do que isso: aquela equipe que foi derrota pelo The Strongest na estreia da fase de grupos finalmente encontrou sua identidade.
O desafio de Bauza agora é repetir o que foi feito com San Lorenzo e LDU. Embalado com a classificação, o São Paulo volta a atuar pelas semifinais da Libertadores apenas no dia 6 de julho. Na visão do treinador, a pausa na competição, por causa da Copa América, não é problema.
– A pausa é na Libertadores, mas seguiremos jogando os outros campeonatos. Vamos saber aproveitar. Temos um calendário pela frente, isso não é preocupante hoje – disse.
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