Política Nacional

Mesmo afastado, Cunha diz que continuará usando gabinete

Em decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão do mandato dele e, consequentemente, o seu afastamento da presidência da Casa sob a acusação de que ele teria usado o cargo para atrapalhar investigações da Operação Lava Jato e o andamento do processo que o investiga no Conselho de Ética.


Mesmo com o mandato parlamentar suspenso, o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira (19) que continuará despachando do seu gabinete de deputado normalmente.

Em decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão do mandato dele e, consequentemente, o seu afastamento da presidência da Casa sob a acusação de que ele teria usado o cargo para atrapalhar investigações da Operação Lava Jato e o andamento do processo que o investiga no Conselho de Ética.

“Eu vou frequentar a Câmara. Estou suspenso do exercício do mandato e não de frequentar a Câmara. Vou frequentar. Vou frequentar meu gabinete pessoal. Estarei aqui presente, não mais hoje pelo adiantado da hora, mas, a partir de segunda-feira, vocês me encontram no gabinete 510”, declarou após sessão do conselho em que prestou depoimento nesta quinta.

Perguntado se o gabinete poderia funcionar, apesar de estar suspenso do exercício do mandato, Cunha respondeu: “Claro. Estou suspenso do exercício do mandato, e não do mandato”.

O peemedebista afirmou, ainda, “não ter dúvida” de que voltará à presidência da Câmara. “Não tenho dúvida. Vamos recorrer e esperamos que os recursos sejam acolhidos. A decisão foi excepcional, sem previsão constitucional. Eu comparo a distorções, como, por exemplo, o senador Delcídio preso não teve o mandato suspenso. Então, são muito diferentes os tratamentos com relação a um e a outro”, disse.

Desde que foi afastado do mandato, no dia 5 de maio, a Mesa Diretora da Câmara definiu que, durante o período em que ficar suspenso, Cunha terá direito ao salário integral, além de manter a residência oficial, no Lago Sul (bairro nobre de Brasilia), avião, seguranças, motorista, carro oficial e verba de R$ 92 mil para pagar funcionários do gabinete.


Deixe seu comentário


Publicidade