Esportes

O vascaíno deveria entender a saída de Vaz. Mesmo se for para rival

Vasco


Em tempos de Série B e inconstância nos últimos anos do futebol, o torcedor tende a colocar determinadas situações em nível de importância acima do merecido. O caso de Rafael Vaz foi levado a este patamar, potencializado pela possibilidade de o próximo clube do zagueiro ser o Flamengo. No desembarque em Brasília para o jogo de terça-feira, Jorginho ouviu de algumas pessoas pedidos para que o defensor fique no Cruz-Maltino. Sem ter o que responder, o técnico limitou-se a dizer que não sabe como a negociação ficou definida.

Sem ser relacionado para o jogo em que o time venceu o Vila Nova por 2 a 0, Rafael Vaz cumprirá seu contrato até o dia 6 de junho – quando termina de vez – e então estará livre para assinar com outro clube. O Vasco não fez rodeios. É fato que a relação conturbada entre a diretoria e o empresário de Vaz, Reinaldo Pitta, complicou os diálogos para uma permanência em São Januário. O Cruz-Maltino havia proposto um aumento de 30% no salário e nenhum centavo a mais. Mas as conversas com o maior rival, e a demora da parte do jogador para dar uma posição concisa, acabaram irritando os dirigentes vascaínos.

O planejamento do Vasco era, sim, permanecer com Rafael Vaz. A questão interpessoal prejudicou isso. Mas a proposta de renovação do Vasco deu-se por causa dos últimos acontecimentos (gol contra o Flamengo, gol do título Carioca e gol nos acréscimos diante do CRB) e o carisma por eles seduzido junto à torcida. E não por causa da perspectiva de um bom aproveitamento do jogador a longo prazo no clube. Desde 2013, Vaz tem uma história irregular no Cruz-Maltino. Chegou com status de titular, não conseguiu exercê-lo por muito tempo e, em 2015, foi afastado. Voltou a aparecer este ano.


Deixe seu comentário


Publicidade