Diário Política

Candidato ao GEA, Gilvam Borges participa de entrevista na Diário FM

O candidato é o segundo a participar da rodada de entrevistas com os postulantes ao Governo do Amapá.


Railana Pantoja
Da Redação

 

O candidato ao Governo do Amapá (GEA), Gilvam Borges (MDB), participou nesta terça-feira (23) da rodada de entrevistas com candidatos ao governo, realizada pelo Sistema Diário de Comunicação. Por ordem de sorteio realizado com as assessorias dos postulantes, Gilvam foi o segundo candidato entrevistado.

Gilvam Borges é sociólogo, administrador, cronista, produtor cultural, articulista, pensador, peregrino, “campeão de recursos políticos para o Amapá, ficha limpa e congressista”. O presidente do MDB/AP já foi deputado federal e senador, por duas vezes, pelo Amapá.

Diário- O senhor já esteve no cargo de governador, não oficialmente, mas através do seu projeto de governo paralelo. Foi proveitoso?
Gilvam- Foi muito importante, pois o governo paralelo pautou por quase 4 anos o governo oficial, fazendo as manifestações, chamando a população e estimulando no governo oficial as soluções. Nós abrimos a estrada de Vitória a Laranjal do Jari, tivemos a pista de pouso no Bailique; tudo isso como governo paralelo. Nós sempre enfrentamos problemas, a exemplo de quando a gente estava construindo passarelas de concreto nas ressacas e naquela época não podia. Mas a gente enfrentava e construía perspectiva de futuro.

 

Diário- O MDB, volta e meia, está metido em confusões. Por isso, rotulam o senhor como doido. Como lida com isso?
Gilvam- Ah, eu sou muito doido, “doido varrido”. O MDB sempre está na ponta de lançamento: nas confusões, articulações, dinâmicas; justamente porque o líder precisa fazer os enfrentamentos. O meu modus operandis de fazer política é com franqueza e honestidade. Nos nossos programas, eu sempre digo que a verdade precisa ser dita. E isso, obviamente, traz polêmicas, traz os contrários, e estes se movem. Sou um político autêntico e muito aberto. Se precisar falar a verdade, eu digo mesmo.

 

Diário- Enquanto produtor cultural, o seu plano de governo tem estratégias para fomentar o setor?
Gilvam- Eu acredito que a arte e a cultura, de forma geral, são fundamentais para criar agenda para o turismo. Eu preciso, enquanto governador, fazer uma reforma curricular, para levar arte e cultura para dentro das escolas, como acontece nos países desenvolvidos. Acho que essa é uma forma de estimular nossos valores artísticos, que são extraordinários.

Diário- Qual modelo econômico você vai defender para o Amapá?
Gilvam- Na área específica do comércio, eu ainda vejo, para agregar mais força no setor, o entreposto comercial. Isso já começa a acontecer, pois já temos empresários locais com portos privados, vejo isso como aproveitamento da posição geográfica estratégica do estado. E na agroindústria, a gente precisa investir para atrair. No meu governo, vamos criar a Secretaria de Desburocratização, pois esse é um grande problema para a agroindústria não ter desenvolvido. Os empresários não têm garantia dos títulos de terras, e isso é fundamental para ter acesso aos financiamentos em bancos.

 

Diário- Muito se fala que o Amapá tem vocação para o turismo e para a mineração. Eleito governador, o que iria propor para que essa vocação se torne realidade?
Gilvam- No primeiro verão de meu governo, vamos atuar diretamente em Oiapoque, visando a questão do turismo. O turismo amazônico é captado em Manaus (AM), com 1 milhão de turistas. Esse eixo precisa mudar, é por aqui que os turistas precisam chegar ao país. Reduzindo o custo de passagem França/Brasil, via Oiapoque, o aeroporto precisa ser reestruturado. Portanto, vejo Oiapoque como fundamental no turismo. Outro município com muito potencial é o Amapá, com rica história e cultura.

 

Diário- Em relação à saúde, qual a prioridade no Amapá?
Gilvam- Não se faz saúde sem os profissionais. Temos que trabalhar um plano preparando, qualificando e valorizando eles, e precisamos atuar também com uma agência paralela à Secretaria de Saúde, para fazer as compras emergenciais. Precisamos de ações mais rápidas e imediatas, para manter medicamentos e equipamentos. Eu vou melhorar a saúde a partir dessa estratégia. E vou também criar o curso de Medicina na Ueap, além de buscar apoio na iniciativa privada.

De candidato para candidato: Gesiel Oliveira (PTB) pergunta para Gilvam Borges (MDB).
Gesiel- Houve uma indefinição no começo do período eleitoral sobre sua candidatura, e de última hora o senhor decidiu disputar o governo. Quais os reais motivos levaram a essa decisão?
Gilvam- Em relação ao cargo que eu iria disputar (governador, vice ou senador), realmente houve um período de bastidores muito difícil. Eles [partidos] me bateram muito, jogaram para um lado e outro, puxa pra cá, puxa pra lá; aí eu disse ‘vou esperar o último round’, que é o que vai acontecer no 2º turno. Aí é minha a ‘porrada’. Então, isso tudo aconteceu por muita articulação política por trás, eram muitas. É uma honra poder te responder [Gesiel]: foram os bastidores. Até hoje estão me batendo, mas uma hora eu levanto.


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