Valdenor Guedes: “Acredito na ciência e na tecnologia para desenvolver o país”, diz candidato ao Senado
Valdenor já exerceu mandato de deputado federal por duas vezes consecutivas: de 1991 a 1998, e ainda assumiu como suplente em 2003
Railana Pantoja
Editora-chefe
O Sistema Diário de Comunicação entrevistou nesta quarta-feira (24) o candidato ao Senado Valdenor Guedes (Avante). Valdenor tem 68 anos, nasceu em Macapá, foi secretário do Governo do Amapá em Brasília e diretor técnico da Caesa. Exerceu mandato de deputado federal por duas vezes consecutivas: de 1991 a 1998, e ainda assumiu como suplente em 2003.
É professor de física, matemática e química, encerrando suas atividades educacionais na Unifap. Valdenor tem como suplentes na chapa ao Senado em 2022 os sargentos da PMAP Paulo Guedes e Márcia Keila.
Diário- O senhor passou um tempo afastado do cenário político. O que levou a voltar agora?
Valdenor- Passei quase 15 anos afastado porque adoeci grave e precisei cuidar de um câncer. A doença afetou e levou muitos órgãos, mas não afetou a minha vontade de prosperar e fazer algo pelo meu semelhante.
Diário- Qual a sua bandeira partidária e qual será seu alinhamento político caso volte ao Congresso Nacional?
Valdenor- Nós vivemos em uma República. O que precisamos é de pessoas que se alinhem para o desenvolvimento do estado. Não sou de esquerda, nem de direita ou centrão. Eu sou da ciência, me alinho com quem trabalha essa diversidade. Sou professor e químico industrial, então busco a linha científica e a tecnologia para desenvolver o país. Quem escolhe o presidente é o povo, mas o Legislativo e o Executivo se misturam. Então, se o presidente não tem apoio do Congresso, ele não faz nada. Se o presidente eleito for Lula, estarei apoiando. Se for Bolsonaro, apoio também. Vou trabalhar com qualquer um para trazer emendas para o estado.
Diário- O Brasil apresenta um triste cenário de mais de 14 milhões de desempregados. Qual sua proposta para reduzir esses índices negativos no Amapá?
Valdenor- Não só no Amapá, mas em todo o Brasil, o setor da agroindústria, pecuária, agricultura e turismo precisam de incentivo. Precisamos reativar nossas indústrias em vários pontos, só aí eu acredito que poderemos melhorar esse cenário, pois assim geraríamos empregos. Nós precisamos também abraçar o setor mineral, estamos sentados em cima de riqueza e passando fome. Entra muito dinheiro aqui no Amapá em vários setores, mas sai também pra gente comprar fora a soja, o milho e o arroz.
Diário- Saúde e Educação continuam sendo as principais demandas dos amapaenses. Como pretende ajudar a mudar essa realidade?
Valdenor- Não quero legislar em causa própria, mas eu sei da dificuldade que são os atendimentos de saúde, pois eu tive que sair daqui para tratar um câncer. Repito: o senador faz sua parte, mas o estado e os municípios precisam agir também, através das UBSs, UPAs e outros hospitais, só assim poderemos investir. É urgente construir um hospital do câncer no Amapá e precisamos operacionalizar o SUS no estado, através de uma empresa contratada para administrar unidade de saúde. E sobre a educação, precisamos, acima de tudo, dar dignidade para que os profissionais trabalhem e possam se capacitar.
Diário- Nossos patrimônios culturais não têm o devido valor e cuidado, a exemplo da Vila de Serra do Navio e a própria Fortaleza de São José. Pretende buscar formas de valorizar isso?
Valdenor- Primeiro nós temos que arrumar a casa: município e estado precisam ver o que falta ser arrumado, quais os potenciais turísticos; e assim a gente pode estruturar esses pontos. Não adianta o turista vir para visitar e não ter nada. Vamos dialogar com o Iphan para melhorar a Fortaleza, que está às margens do rio mais belo. Se o estado e o município fizerem a parte estruturante, nós, no Congresso Nacional, faremos parcerias e buscaremos emendas para os projetos de turismo em todo o estado.
De candidato para candidato: João Capiberibe (PSB) pergunta para Valdenor Guedes (Avante).
Capiberibe- Enquanto senador, eu criei e consegui a implementação da Lei da Transparência. Mas, operações da PF seguem acontecendo e combatendo a corrupção no Amapá. O que pensa disso?
Valdenor- É uma excelente lei que permite ao cidadão ter acesso aos gastos do seu país. Se não tiver nos sites dos entes, estes podem ser punidos caso não apresentem esses dados. Então, acredito que as operações da PF acontecem não por falta de transparência dos gastos, mas sim por outra maneira escusa, criminosa, irresponsável e maldosa, que corruptos praticam às escondidas esses crimes. A PF faz aquilo que cabe a ela e eu parabenizo essas ações.
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