Diário Política

Jairo Palheta promete relação conflituosa com poderes constituídos

Candidato a governador pelo PCO acha que “orçamentos extremamente gordos” da Assembleia Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Justiça emperram setores importantes da vida pública amapaense.


Douglas Lima                                                                                                                                                                                                                        Da Redação

 

Jairo Palheta, do Partido da Causa Operária (PCO), promete que se for eleito governador do Amapá, dia 2 de outubro próximo, terá uma relação conflituosa com a Assembleia Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Justiça, em virtude dos valores orçamentários destinados a essas instituições, os quais considera exorbitantes. A promessa foi feita na manhã desta sexta-feira, 2, no programa ‘Luiz Melo Entrevista’ (Rádio Diário FM 90,9 com transmissão pelas redes sociais da rádio e Diário do Amapá).

 

O Sistema Diário de Comunicação elaborou uma agenda de entrevistas com os candidatos ao governo estadual. Antes de Jairo Palheta foram ouvidos, em dias distintos, Gesiel Oliveira (PRTB), Gilvam Borges (MDB) e Gianfranco (PSTU). Clécio Luís (Solidariedade) e Jaime Nunes (PSD) serão entrevistados, respectivamente, nos dias 16 e 23 vindouros.

 

“Não vamos viver em paz com a Assembleia Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Justiça”, garantiu o candidato do PCO, para quem o dinheiro destinado para o funcionamento dessas instituições é injusto, além do necessário, prejudicando o desempenho de setores importantes do setor público, a exemplo da educação e a saúde.

 

Jairo vê a educação sem a eficiência que deve ter em razão de falta de recursos, tanto orçamentários, como de pessoal e até mesmo de espaço físico. Na entrevista, ele ilustrou que o sistema educacional amapaense não tem condições de prover o ensino em tempo integral, porque o número de escolas existentes é pouco para a demanda somada ao ensino regular.

Também exemplificando, Jairo Palheta falou que no Amapá pessoas estão morrendo simplesmente por falta de exames. Ele citou um caso envolvendo o próprio filho dele, no Hospital de Clínicas Alberto Lima, onde entrou com requisição de exame, e 40 dias depois telefonaram do estabelecimento perguntando se ele ainda estava interessado pelo exame, cuja realização poderia ser remarcada. Mas o garoto, com ajuda de familiares e amigos já fizera o exame na rede de saúde particular.

 

“É por isso que se eu for eleito terei uma grave crise administrativa com a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público, que têm orçamentos extremamente gordos”, garantiu o candidato, declarando que por ano os deputados estaduais recebem 220 milhões de reais, e o Tribunal de Justiça, R$ 330 milhões.

 

Jairo Palheta, na entrevista, também discorreu acerca de transporte público, terras rurais e urbanas, ginásios esportivos, produção agrícola, mineração e até fundo partidário, garantindo que até aquele momento no estúdio da Rádio Diário FM 90,9 não tinha recebido absolutamente nada, apesar de saber que há candidato que já recebeu três milhões de reais.

O candidato a governador pelo Partido da Causa Operária tem 44 anos de idade. É amapaense, casado, pai de um filho. Possui ensino superior incompleto de engenharia de produção. Jairo Palheta, batizado Jairo Palheta da Silva Marques, também é agricultor familiar e líder de um grupo do Movimento sem Teto e de outro do Movimento sem Terra.

 

 

 


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