Diário Política

Sueli Pini afirma que futuro difícil do Amapá não é inescapável

Para candidata ao Senado, o estado tem que passar a produzir e industrializar


DouglasLima                                                                                                                                                                                                                            Editor

 

“Não minto, não roubo, sou transparente e sincera”. Com esses dizeres a candidata ao Senado, Sueli Pini, encerrou a contundente entrevista que concedeu na manhã desta quinta-feira, 8, ao Sistema Diário de Comunicação, como parte de agenda elaborada para ouvir os postulantes amapaenses à Câmara Alta do país. Davi Alcolumbre, dia 21 próximo, fechará a agenda.

 

 

Sueli se apresentou como conservadora, de direita e bolsonarista. Desembargadora aposentada, a candidata acha que o presidente Jair Bolsonaro é criticado por muitos porque fala tudo aquilo que está na garganta da maioria do povo brasileiro, que é cristão, valorizador da família e quer o cidadão de bem armado para se defender da violência, entre outros pontos.

 

A entrevistada aconselhou os homoafetivos a não se apresentarem como vítimas ou discriminados, pois segundo ela isso não ocorre no Brasil. Para Sueli Pini, o brasileiro convive bem com os diferentes, e se há um preconceito, no país, é o de classe: entre os ricos e os pobres.

 

Sobre a situação do povo do Amapá, a candidata comparou com garças e búfalos. As garças seriam a porção bem sucedida na vida, em termos materiais, e os búfalos, a maioria da população que vive chafurdando no pântano, com casas insalubres e fétidas porque não consegue emprego para levar uma existência digna.

 

O Amapá, segundo a desembargadora aposentada, sempre está em situação difícil porque não produz nada, nem mesmo o açaí e a farinha. Mas para ela isso não é um futuro inescapável, pois com incentivos à iniciativa privada o estado pode muito bem começar a produzir, industrializar a produção, consumir e exportar.

 

 

Ao pedir voto, Sueli argumentou que o eleitor do Amapá, nas eleições, deve dar o troco aos nomes tradicionais que se alternam no poder no estado. “Vamos parar de eleger barrabás”, provocou, para dizer que é o melhor nome e o mais bem preparado para o Senado da República.

 

Sueli pontuou que o estado tem os piores índices sócio-econômicos do país, sendo suplantado pelo Tocantins e Roraima, unidades federativas junto com o próprio Amapá criadas no mesmo ano, em 1988. Segundo ela, esse atraso é porque o estado sempre é mau dirigido, chegando às vezes até ter um governo criminoso, dando como exemplo o setor de saúde, que não atende bem nem mesmo pelo SUS.

 

Na esteira das declarações a respeito do presidente Bolsonaro, a candidata Sueli Pini revelou que tem “uma montanha de dúvidas” acerca da confiabilidade do sistema eletrônico usado nas eleições brasileiras. E que essas dúvidas começam na impossibilidade de rastreamento do voto, o que também impossibilita a realização de auditagem, já que o voto não é impresso.

 

A postulante ao Senado, além da questão da produção de alimentos, defende uma atenção especial à mineração no estado que, conforme disse, tem toda a Tabela Periódica em seu subsolo. Mostrou que, apesar de ser banhada pelo rio Amazonas, Macapá tem sério problema com falta de água potável.

 

Sueli Pini lembrou que foi mal compreendida no auge da pandemia da covid 19, ao dizerem que ela fora contra o uso de máscara, quando na verdade isso não ocorreu. “Nunca declarei que eu era contra o uso de máscara; fui contra a obrigatoriedade da máscara, que possui bactérias danosas. Que a usasse quem quisesse, mas sem a obrigação de usar”, fechou o assunto. Mas confessou ter sido contra o lockdown.

 

 

A entrevistada acusou o STF de estar sendo omisso em muitas e importantes demandas, com conivência do Senado, havendo até uma omissão que chega a ser criminosa. Ela prometeu que, se eleita, e com apoio da bancada conservadora, fazer grande reboliço e mudar a cara do Congresso Nacional. “Eu sou uma excelente candidata”, concluiu.

 

 


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