Cientista político não recomenda estratégia de “desconstruir” imagem de adversários políticos
Professor Jair dos Santos Jr. concede entrevista ao Luiz Melo Entrevista e analisa recentes acontecimentos dos bastidores da política amapaense
Cleber Barbosa
Da Redação
O cientista político Jair dos Santos Jr., de São Paulo, é mais um especialista consultado pelo programa Luiz Melo Entrevista, da Rádio Diário FM (90,9) sobre os rumos das Eleições 2022. Provocado sobre os recentes episódios da política amapaense, ele disse não recomendar a estratégia de desconstrução da imagem dos adversários, conforme vem sendo explorado na propaganda eleitoral no rádio e na tv, como também em distribuição velada de panfletos com acusações e críticas.
Para ele, trata-se de um equívoco que agrada muito mais a militância do que propriamente ajuda a conquistar o voto do eleitor avulso. “O eleitor consciente, republicano, tem olhado para esse tipo de situação e não tem gostado não. Toda vez que um candidato começa a errar o peso da mão, batendo demais, ele tende a desidratar ou na melhor das hipóteses tende a manter o seu patamar de intenção de votos, mas não decola”, avalia.
O especialista disse que considera essa estratégia um grande equívoco, pois o autor desse trabalho só mantém o que já possui e não agrega em torno do projeto político.
O professor universitário disse estar muito curioso a respeito do resultado das urnas em relação à composição das casas legislativas, pois entende que a composição do Congresso Nacional será fundamental para as medidas que o país precisa tomar, seja qual for o presidente da república eleito, pois entende que o chamado “centrão” é a pulverização de diversos partidos menores.
Por fim, ele ratificou sua confiança no sistema eleitoral brasileiro, lembrando que hoje os maiores críticos da urna eletrônica foram exatamente aqueles eleitos em 2018 como estreantes da política, como militares e policiais, lideranças de direita que chegaram ao poder na onda do “bolsonarismo”.
Perfil
O professor Jair dos Santos Jr. é diretor geral da IBS Américas, a maior escola internacional de negócios do Brasil. Sociólogo especialista em conjuntura da política nacional, políticas públicas, ações educacionais básicas e superiores, ELEIÇÕES, índices educacionais em geral, provas públicas e educação superior. Possui olhar atento ao momento político do país, especialmente neste período prévio das eleições estaduais e nacional. Um entrevistado de boas avaliações, opiniões, debates e diálogos sobre todos os assuntos que envolvem a política e as eleições no Brasil.
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