Candidatos ao governo do Amapá encerram no Sistema Diário os debates da campanha eleitoral
Candidatos ao Setentrião ficaram frente a frente no estúdio da Rádio Diário FM 90,9; do lado de fora torcidas organizadas também agitaram o debate
Douglas Lima
Da Redação
Os candidatos ao governo do Amapá Clécio Luís (SDD), Jaime Nunes (PSD), Gilvam Borges (MDB) e Gesiel Oliveira (PRTB) foram os protagonistas do último debate da campanha para a eleição majoritária deste ano no estado do Amapá. O grande embate democrático aconteceu na sede do Sistema Diário de Comunicação no fim da tarde dessa quinta-feira, 29. No debate, os candidatos abordaram temas relevantes das vocações do estado, mas deixaram de lado assuntos como a BR 156, uma obra longeva, espinha dorsal para o desenvolvimento da região norte do Amapá e vital para as relações comerciais, culturais e econômicas com a Guiana Francesa, as américas Central e do Norte e o mercado europeu.
Torcidas organizadas esquentaram o debate do lado de fora da sede do Sistema Diário.
Acompanhe a performance de cada um dos candidatos.
O candidato Clécio Luís teve como o ponto alto de sua participação no debate questões relacionadas à saúde. Usando como mote o discurso de que todos diziam que a saúde de Macapá não tinha jeito, mas que como prefeito da capital ele provou o contrário, enumerou algumas de suas realizações no setor: 69 obras entre reformas, reconstruções e construções; remédio constante nas unidades básicas de saúde, conclusão da policlínica, UBS Fluvial, carreta da mulher e bom atendimento.
“Eu mudei a saúde de Macapá e vou transformar a saúde do estado do Amapá”, prometeu Clécio Luís, adiantando que se caso eleito providenciará diagnóstico precoce em pessoas autistas ou com outros transtornos globais de desenvolvimento, trazendo de fora do estado especialistas para o serviço.
O candidato também prometeu, para o âmbito estadual, aumentar o número de leitos e de salas cirúrgicas na rede de saúde, equipar hospitais e valorizar os profissionais do setor.
“Vamos concluir as obras do Hospital da Criança e do PAI, concluir o Hospital de Porto Grande, ampliar o Hospital do Oiapoque e também o de Laranjal do Jari”, disse Clécio.
Postulante ao governo do estado pelo Partido Social Democrático (PSD), Jaime Nunes prometeu “corrupção zero” na administração pública do Amapá. “Vamos reforçar e dar liberdade para a Controladoria Geral do Estado sanear a administração para que o governo logo possa trabalhar com transparência”, disse.
Jaime pontuou que sem a corrupção no governo, ele poderá destravar o Amapá da longa letargia em que se encontra, através de geração de emprego e renda e com um olhar que todos os governos passados não tiveram. O candidato disse que se eleito botará para produzir o extrativismo, o setor madeireiro, a mineração, agronegócio e a agricultura familiar.
O candidato também prometeu acelerar a regularização fundiária e abrir o governo para investidores externos, além de apoiar os investidores locais. Jaime observou que a crise existente no setor público amapaense afeta sobremaneira as famílias, que ficam com uma conta alta a pagar.
O socialdemocrata ainda prometeu valorizar quem produz no estado do Amapá e elaborar um programa para resgatar as famílias que estão abaixo da linha de pobreza.
Gilvam Borges, bem em seu estilo, causou rápido momento de exaltação de ânimos no debate, entre ele mesmo e Gesiel Oliveira. O emedebista tachou o candidato do PRTB de ‘laranja’ de Jaime Nunes, chamando a este de ‘tubarão branco’.
“Não me meça com a sua régua”, reagiu Gesiel, que é pastor evangélico. Gilvam, por sua vez, chegou a chamar o opositor para o corredor do Sistema Diário de Comunicação, mas não se levantou da cadeira em que estava sentado, e Gesiel, por sua vez, não ligou para o desafio ou fingiu não o escutar.
Gilvam, sobre corrupção, observou que ela “e um câncer em todo o Brasil, não só no Amapá”. Para ele, a corrupção é generalizada nas mentes dos que ocupam o poder, e que o artifício para detê-la é o enxugamento da máquina pública.
O candidato Gilvam Borges, no aspecto econômico, disse entender que para o setor primário se desenvolver é preciso que o estado se organize e emita titularização de terras, para em seguida procurar acesso a financiamentos.
“Mas para que isso seja feito, é preciso competência e prioridade política”, alertou o emedebista.
Gesiel Oliveira, do princípio ao fim do debate no Sistema Diário de Comunicação, apresentou-se como o único candidato que representa o novo na atual disputa para o governo do estado.
Por diversas vezes repetiu que ele é oriundo de “um grupo novo que se levantou para fazer o melhor pelo Amapá”. E também: “Estou contra dois gigantes, mas quem vai fazer a escolha é o eleitor. O meu diferencial é a novidade”.
Gesiel, eloquente, refletiu que nenhuma equação fecha no Amapá por causa da “politicagem que tem destruído o estado”. Em seguida, fez a conexão desses dizeres com as quase 20 operações já realizadas pela Polícia Federal neste ano, contra agentes e órgãos públicos locais.
“Durante a pandemia, desviaram medicamentos; desviam até o auxílio emergencial dado pelo Palácio do Planalto”, acusou o candidato do PRTB, prometendo, em seguida, que sem corrupção, se for eleito, incentivará a agricultura familiar, dará autonomia à Polícia Militar, tratará bem da saúde e da educação, fomentará o empreendedorismo e ainda o agronegócio, como também a agricultura familiar.
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