Política
Waldez reclama que Amapá não foi beneficiado na renegociação da dívida
Segundo o governador, empréstimos que totalizam R$ 3 bilhões, contraídos junto ao BNDES e CEF não foram contemplados pela medida
Em entrevista concedida por telefone na manhã desta terça-feira. 21, ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o governador Waldez Góes (PDT) reclamou que a proposta do governo federal para renegociação da dívida pública dos estados não contemplou o Amapá. Segundo ele, não foram observadas as peculiaridades das regiões Norte e Nordeste, em especial as do Amapá, cujo maior peso da dívida são empréstimos contraídos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal (CEF) que totalizam R$ 3 bilhões.
“Infelizmente o Amapá, como também os demais estados das regiões Norte e Nordeste não foram contemplados pela medida; o Amapá em especial, cuja economia, bastante combalida, não muda absolutamente nada, considerando que o maior peso da dívida pública, que é o maior peso da nossa dívida pública, de cerca de R$ 3 bilhões referentes a empréstimos contraídos junto ao BNDES e Caixa Econômica não foi alcançado pela renegociação; agora vamos nos mobilizar com os demais governadores dessas regiões para que o governo federal nos ajude a superar a crise econômica”, explicou Waldez.
A reunião com presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, nessa segunda-feira, 20, que teve a participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da equipe econômica do governo federal, foi proposta pelos governadores, que propuseram a suspensão do pagamento das parcelas mensais das dívidas com a União até o fim de 2016.
O presidente Michel Temer detalhou os principais pontos da renegociação da dívida acertado com os governadores. A proposta que foi aceita dá uma carência de 24 meses aos estados. Nos primeiros seis meses o desconto será de 100%. A partir de janeiro de 2017, esse desconto será reduzido gradualmente, em 5,55 pontos percentuais por mês, até junho de 2018. Pelo acordo, os 14 Estados que detêm liminares no Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo o pagamento das dívidas deverão retirar as ações e pagar esse resíduo ao longo de 24 meses. A renegociação das dívidas também alonga em 20 anos os pagamentos dos débitos com a União.
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